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Convite para a apresentação do meu livro ilustrado em Lisboa

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É com enorme prazer que vos convido para a apresentação do meu livro ilustrado "A fita cor-de-rosa" que acontece em Portugal.

Será no dia 24 de Setembro (quinta-feira), nas instalações da Associação Caboverdeana (ACV), em Lisboa, na Rua Duque de Palmela n.º 2 – 8º - 1250-098 Marquês de Pombal. A apresentação estará a cargo da Celina Pereira.

Saiba mais informações aqui

Odair Varela

Eu e a Celina Pereira já estamos prontos para a
apresentação do meu livro ilustrado "A fita cor-de-rosa", em Portugal



Veja o trailer do documentário da arte e técnica do cavaquinho de Cabo Verde

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E já está! Já temos o primeiro vídeo com o trailer do documentário produzido em Cabo Verde com foco na construção do cavaquinho.

A dupla de produtores, Rolf Johansson e Alexander Lindblad disponibilizaram online as primeiras imagens que acompanham a fabricação artesanal dos instrumentos na oficina do construtor Aniceto. Pode-se notar que a linguagem fílmica dá destaque a esta particularidade da construção manual e artesanal. É como se para quem vem de um país industrializado esta realização manual se torna até mesmo objeto de contemplação. 


Já antes o jornal sueco “DALA-DEMOKRATEN” dava conta deste projecto que tenta captar o significado deste instrumento de cordas para o povo das ilhas. Falaram também das dificuldades que é construir numa ilha que quase não tem árvores para servirem de matéria-prima. Interessante notar que coisas que se tornaram normais na nossa terra, como fechar a Rua de Lisboa para concertos ou altas temperaturas capazes de bloquear a máquina de filmar, são pontos notados pelos visitantes como parte desta aventura.

Fico muito feliz de ver que este trabalho que colaborei como facilitador/tradutor se encontra em bom ritmo de pós-produção. Agora é esperar pelo documentário que se pretende divulgar na Suécia e em outros países.

Para saber mais sobre este projecto click aqui


Portugal: apresentação do meu livro "A fita cor-de-rosa"

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Estive em Portugal para sua apresentação. Será no dia 24 de Setembro (quinta-feira), nas instalações da Associação Caboverdeana (ACV), em Lisboa, uma bela parceria. Foi mais um momento intenso de partilha e contacto com pessoas que já conheciam ou queriam conhecer a minha obra. Adorei. 

A primeira edição do livro “A fita cor-de-rosa” foi lançada em 2014 na cidade do Mindelo [São Vicente – Cabo Verde] e vendeu todos os exemplares (ainda devo estar a gastar o dinheiro deste best-seller crioulo).

O enredo do conto "A fita cor-de-rosa" situa-se na nossa ilhota deserta e conta a estória de uma gata janota que reinava sozinha no local mas ansiava por um amor. Até um dia que consegue capturar um pombo cheio de cores que sempre quis comer. Mas antes de o devorar, o pombo promete-lhe que se o deixar partir iria voltar com um companheiro para amar. Trato feito, o pombo tempos depois regressa como prometido mas no final traz-lhe algo que não esperava...

Ah, já me ia esquecendo: o conto foi distinguido com “Menção Honrosa” no Concurso Lusófono de Trofa – Conto Infantil 2013, entre 252 outros textos de vários países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

A segunda edição foi apresentada na cidade da Praia [Santiago - Cabo Verde] em 2015 e distribuída por diversos pontos de venda pelo arquipélago e continuo à espera de ficar milionário com as vendas.

Lembre-te que no dia 20 de Setembro (domingo) estive na Casa da Cultura, em Baan 6, Roterdão, justim lá no prédio do Consulado Geral de Cabo Verde na Holanda, a apresentar a obra. Um sucesso (na minha perspectiva, claro kkkk)

Esta apresentação na Holanda foi feita em parceria com a STICHTING KAFUKA - Foundation for Capeverdean Art & Culture. Para mais contatos é só dar o Guy Ramos Sr. fala através de 0628753834.

Veja aqui abaixo as imagens bonitas da apresentação em Portugal:



















 


 



Tenho mais imagens que podem ser vistas ao clicar aqui


O que desvirgina a alma?

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Mas, e o que desvirginiza a alma? Qual arte me penetra fundo no espírito e provoca espasmos de prazer? Hoje procuro saber por onde sinto a arte no momento que antecede meu prazer.

O que desvirgina não será, talvez, o contacto. Basta lembrar que há tantas formas de arte que se encontram no intangível. Acredito que aquilo que desvirgina não será o contacto. Nem mesmo o contacto com a própria arte desvirginiza a alma. Minha arte não me desflora porque o acto de a criar não é arte e seu resultado não poderia ter o efeito de desvirgino porque cada anterior acto criativo é uma penetração na alma. Usada, a alma tem gozo, mas não é desflorada por criação própria.

Minha arte deixa minha alma usada, mas não desvirginada. O resultado não é desconhecido, mesmo que no mundo material tal nunca tenha existido. Minha criação não me surpreende, logo, não me desflora.

Será a própria consciência do desvirginizar que o concretiza? Mas como ter consciência de algo desconhecido? Preciso seria saber o que é o desvirginar da alma para reconhecer sua ocorrência. Contudo, para saber tenho que o viver e para o viver preciso reconhecê-lo. Então, será meu desflorar apenas o concretizar das experiências do desvirginizar do outro? Se assim for, que meu desflorar artístico seja baseado na experiência mais intensa, mais perto do êxtase e do sublime. E, quando conhecer esta experiência, transgredi-la.

E bo, qual forma de arte te desflora os sentidos?

Ser Observador Eleitoral em Cabo Verde

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Recentemente terminei minha formação de Observador Eleitoral.

Realizado pela Plataforma das ONG de Cabo Verde, este Curso de Observação Eleitoral decorreu de 7 a 11 de Dezembro na cidade da Praia destinado a representantes da sociedade civil, enquadrado no “Projeto de Capacitação e empoderamento de Organizações da Sociedade Civil de Cabo Verde, para Participação nos Processos Eleitorais”.

Finalistas do Curso de Observadores Eleitorais (na cidade da Praia)


Cabo Verde tem um quadro legal regulador reconhecido como moderno e com eleições regulares consideradas livres, justas e democráticas. Entretanto, apenas eleições regulares não significam que Cabo Verde seja um país democrático. Uma das razões para tal é que se faz necessário que tenha um conjunto de leis e que os cidadãos se revejam nestas leis e ainda estes devem trabalhar em prol da dignidade da comunidade. E ao haver eleições honestas, todos deverão ter os mesmos direitos de votar e concorrer aos mandatos e também de se expressarem livremente. As pessoas deverão ter o direito de informarem e de serem informados e poderem livremente se manifestar, tanto individualmente como de forma pública, nos assuntos que dizem respeito ao Estado. Outros elementos essenciais do sistema democrático é liberdade de criação de partidos políticos e o financiamento político (partidário e eleitoral). Por isso que, juntamente com eleições regulares, são precisos várias outras condições para se dizer que Cabo Verde é um país democrático.

É, pois, imprescindível manter-se vigilante quanto aos ilícitos eleitorais e a presença de Observadores Eleitorais capacitados ajuda a consolidar o processo democrático. Contudo, vale lembrar que o ordenamento jurídico nacional não prevê a figura do Observador Eleitoral mas para contornar tal facto Cabo Verde aplica o Artigo 12º da Constituição da República que fala sobre a Recepção dos tratados e acordos na ordem jurídica interna:

Os tratados e acordos internacionais, validamente aprovados ou ratificados, vigoram na ordem jurídica cabo-verdiana após a sua publicação oficial e entrada em vigor na ordem jurídica internacional e enquanto vincularem internacionalmente o Estado de Cabo Verde.
(Nº2 do Artigo 12º da Constituição da República de Cabo Verde)

Desta forma tem-se seguido as Normas e Código de Conduta Internacionais sobre Observação Eleitoral, nomeadamente, os da nossa Sub-Região Oeste africana e ainda os instrumentos internacionais, tratados e acordos validamente aprovados ou ratificados pelo Estado de Cabo Verde sobre a matéria.


Estes foram os objectivos desta formação:

  • Fornecer uma avaliação imparcial e exacta da natureza dos processos eleitorais para benefício da população e para beneficio da comunidade internacional;
  • Constituir uma bolsa de observadores domésticos que possam apoiar as estruturas estatais a fiscalizar o processo eleitoral;
  • Criar oportunidades para que organizações da sociedade civil possam participar activamente no processo eleitoral de forma transparente e responsável.

No âmbito do mesmo projeto já foi elaborada uma proposta para a alteração da legislação eleitoral, no sentido de permitir a observação doméstica. Foi ainda elaborado e socializado um manual de Monitorização Eleitoral para grupos cívicos.

Este Curso traz a inovação da obrigatoriedade de aplicação prática de conhecimentos ao nível de comunidades para garantir a sustentabilidade da actividade através da realização de Workshops comunitários como forma de multiplicar os conhecimentos. Esta prática procura manter o compromisso dos observadores e o envolvimento de organizações da sociedade civil no projecto e motivar continuidade da sua prática.

Em termos de conteúdo programático, o curso de Observação Eleitoral orientou-se pelos princípios e metodologias de observação realizadas pelas entidades internacionais que o país coopera ao nível de observação eleitoral, tendo na linha de frente a União Africa, CEDEAO e a União Europeia.

Vários temas estiveram em debate, entre os quais o Contexto Institucional e Legal; Fases operacionais de uma Missão de Observação Eleitoral; O Dia da Eleição; e A Fase Pós-Eleição. De se notar que esta mesmo Curso já tinha sido ministrado em São Vicente, o que significa que foram formados quase 60 Observadores Eleitorais no país. 

Agora é preciso continuar a estudar a Constituição da República, o Código Eleitoral, o Regime dos Partidos Políticos, e a legislação concernente à Direcção-Geral da Administração Eleitoral e as demais leis eleitorais de forma a estar preparado para as Eleições Legislativas, Autárquicas e Presidenciais. 

É preciso também manter-se actualizado com o que se faz em termos internacionais relativamente à Observação Eleitoral, nomeadamente, O Manual de Observação Eleitoral da União Europeia [em francês], A Carta Africana sobre a Democracia, as Eleições e a Governação



Minhas propostas no VI Encontro de Escritores de Língua Portuguesa - UCCLA

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A convite da UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa, estive integrado no painel dedicado ao Novos Escritores de Cabo Verde, enquadrado no VI Encontro dos Escritores de Língua Portuguesa. Foi um painel em que acompanhei autores de grande valor, como  Carmelinda GonçalvesChissana MagalhãesDâmaso Vaz, Débora Sanches, Eileen Barbosa, Natacha MagalhãesSilvino Lopes Évora. Ficou a faltar na lista dos que estavam anunciados o meu amigo Helder Fortes que por razões pessoais esteve em São Vicente.

Foi na terça-feira (2 de fevereiro) e revelou-se um momento muito intenso de partilha com meus colegas novos autores e também com o público que nos honrou com sua presença, recomendações, observações e também críticas construtivas.

Painel do Novos Escritores de Cabo Verde: (da esquerda) Carmelinda Gonçalves: Chissana Magalhães; Dai Varela; Dâmaso Vaz; Ana Paula Tavares [Moderadora]; Eileen Barbosa, Natacha Magalhães; Silvino Lopes Évora


Coloco aqui parte da minha intervenção no VI Encontro dos Escritores de Língua Portuguesa em Cabo Verde, promovido pela UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa - em colaboração com a Câmara Municipal da Praia, e que decorre na cidade da Praia - Cabo Verde.


Como afirmei no encontro dedicado aos Novos Escritores, vejo a questão da produção literária nacional em três níveis: os autores, as editoras e o Estado. Temos poucas publicações e muitos autores ou putativos autores. Este facto leva há que não exista nenhuma editora especializada no género infanto-juvenil, o que vai contra a corrente porque basta estar-se actualizado com os dados internacionais para saber que quem impulsiona fortemente as vendas do livro imprenso é o público jovem.

Estatuto do Livro Infanto-Juvenil

Porque acredito que proteger esta área tão frágil significa apostar no enriquecimento literário, artístico e intelectual do povo de Cabo Verde, proponho que seja criado o Estatuto do Livro Infanto-Juvenil, um instrumento que não só lhe reconheça o valor artístico, mas que crie as condições da sua expansão. Com este Estatuto o livro Infanto-Juvenil nacional não deverá pagar taxas alfandegarias para sua importação, e o valor de envio por Correios dentro de Cabo Verde terá um preço reduzido e suportado pelo Estado. A comunicação social dá uma atenção relativa a esta produção literária, mas com esse Estatuto seria possível fazer-se publicidade dos livros a um preço reduzido. Pode-se também deduzir do imposto as despesas efetivamente despendidas com a publicação das obras deste género.

Outras Propostas

Como sabem, o papel de formar, informar e distrair as crianças-leitoras não pode nem deve ser assumido apenas pelos autores. Os pais, e professores, e o Estado (na forma das suas instituições) também têm um papel importante neste processo.

Contudo, para mim, o problema está mais a montante, ou seja, no Estado, e por isso trago algumas propostas aqui:

Cabe ao Estado criar as oportunidades de desenvolvimento do gosto da leitura, principalmente ao disponibilizar ou facilitar o acesso às obras nacionais. A escola, desde o pré-escolar, é o local propício para assegurar a atenção da criança-leitora, mesmo que seja usando a literatura no seu aspecto utilitário, informativo ou pedagógico.

Cabo Verde dispõe de 526 estabelecimentos de educação ou ensino pré-escolar, 420 unidades de Ensino Básico e 50 do Ensino Secundário; Porque é que não se consegue alcançar este público com os livros infantis? Talvez porque o Ministério da Educação não tem um plano de leitura para incentivar o descobrir dos autores nacionais. Não há projectos de leitura e, consequentemente, não há disponibilização de livros e contacto com os autores e ilustradores.

É preciso desenvolver-se técnicas de incentivo ao hábito de leitura através de programas de pequena escala e itinerantes. Falo, por exemplo, de semanalmente montar a mesma tenda de leitura em diferentes escolas.

É preciso envolver-se as comunidades na criação de minibibliotecas infantis que serão com certeza acarinhadas pelos autores nacionais.

No nosso país, em 2015, estimavam-se cerca de 525 mil pessoas residentes. Destes, o número de jovens (pessoas entre os zero a 14 anos de idade) era de 155 mil pessoas. Com um público-alvo deste tamanho, porque é que editamos tiragens de 500 exemplares e temos dificuldades em vender livros?

Também proponho que o Ministério da Educação deve incentivar o professor a aperfeiçoar a sua formação na literatura nacional. O professor deve conhecer antes de procurar alargar o leque de leitura do aluno.

Os professores podem despertar a interacção dos alunos através de visitas às bibliotecas. Mesmo que a criança-leitora não pretenda escrever um livro, para ela se tornar um profissional de excelência é preciso ler muitos livros.

A escola pode promover o jornal de parede, mas que tenha espaço para a literatura.

Temos 22 municípios em Cabo Verde e um Ministério da Cultura. Quantos concursos de literatura temos anualmente? Políticos da minha terra, façam concursos de literatura, mesmo que tenham prémios simbólicos.

O Ministério do Ensino Superior e Inovação pode incentivar a pesquisa da literatura infanto-juvenil nacional no ensino superior e destacar os melhores trabalhos.

Um dos maiores problemas para os novos autores ou autores independentes é a distribuição. É preciso encontrar-se novas formas de circulação das obras. Para isso o Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro pode criar canais de facilitação de distribuição nos postos de venda em todas as ilhas. Em termos internacionais, o Ministério das Relações Exteriores pode criar canais para fazer chegar os livros nas Embaixadas e Consulados espalhados pelo Mundo e divulgar nossa produção.

Depois irei disponibilizar todo o texto para quem se interessa pelo tema, mas como pretendo usá-lo como base para um projecto maior vou trabalhá-lo melhor. Abraço e boas leituras...

Veja a reportagem que a Televisão de Cabo Verde fez sobre o Painel dos Novos Escritores de Cabo Verde:

Workshop: "Monitoramento Eleitoral & Participação Civica nas Eleições"

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Enquadrado na minha formação como Observador Eleitoral Doméstico lancei o convite para partilhar conhecimentos sobre "Monitoramento Eleitoral & Participação Cívica nas Eleições". Foi um evento gratuíto e aberto a todos e decorreu sábado, 6 de fevereiro, na Universidade Lusófona Cabo Verde (situada em Palmarejo – Rotunda Brás).



E, na máxima de “poucos, mas bons”, estivemos das 16 as 18 horas a discutir temas como o sistema eleitoral em Cabo Verde, com são feitas as eleições no nosso país, que tipos de ilícitos podem ocorrer durante as campanhas e o escrutínio, qual o enquadramento do Código Eleitoral para diversos casos práticos de irregularidades, e também como o cidadão-eleitor pode ter uma participação activa na observação eleitoral.


Muito agradecido a todos os que participaram nesta troca de experiências neste tema muito importante como é a participação activa do cidadão-eleitor na vida política nacional, ainda mais quando se aproxima as eleições em Cabo Verde.

Jornal de Letras de Portugal destaca novos autores de Cabo Verde

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O Jornal de Letras, a publicação portuguesa quinzenal de informação especializada que aborda diversas áreas da cultura (literatura, teatro, cinema, música, etc.) deu uma grande cobertura ao VI Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, e deu destaque a nós, os novos autores de Cabo Verde.

Este VI Encontro de Escritores, organizado pela UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa, aconteceu na cidade da Praia, nos dias 1, 2 e 3 de fevereiro, teve direito a duas páginas do Jornal de Letras com o título “VI Encontro de Escritores da UCCLA - Nos portões da Lusofonia”

A edição de 17 de fevereiro a 1 de março de 2016 do Jornal de Letras aborda os diversos Painéis do VI Encontro de Escritores mas abaixo está transcrito apenas a parte dedicada aos Novos Autores de Cabo Verde (página 7):


A NOVA LITERATURA CABO-VERDIANA 

A Literatura Cabo-Verdiana esteve ainda em destaque numa mesa-redonda dedicada aos jovens escritores. Foi, seguramente, um dos debates mais intensos e animados, talvez por momentos de diálogo com estas características - oradores e público diversos - não serem frequentes. Ficaram visíveis as dificuldades que o panorama literário do país enfrenta, mas também as suas potencialidades, nomeadamente no campo da Literatura infantojuvenil, que tem vindo a crescer nos últimos anos. 

Carmelinda Gonçalves, Débora Sanches, Natacha Magalhães e Dai Varela deram testemunho das suas experiências neste campo, enquanto Chissana Magalhães, Dâmaso Vaz, Eileen Barbosa e Silvino Lopes Évora enfatizaram as diferenças - e ruturas - entre gerações literárias. "Para que as crianças leiam os vossos livros mais tarde, têm de começar a ler cedo", disse Carmelinda, dirigindo-se à plateia. Débora falou do poder da literatura, capaz de nos fazer imaginar um lugar antes de o conhecer. E defendeu: "É preciso criar ferramentas para os novos sobressaírem". Estudiosa da literatura infantil, Natacha Magalhães lembrou que ''não estamos a aproveitar a nossa vocação literária, nem a defender a forma como a nossa história pode ser contada". 

Para resolver este problema, Dai Varela centrou a sua intervenção em medidas que, na sua opinião, poderiam trazer muito bons resultados. "Cada livro é um tijolo no edifício da literatura", disse. "Mas esse edifício é muito frágil". Por isso, são precisos apoios para proteger as heranças e as tradições culturais. Entre outras, lançou a ideia de um Plano Nacional de Leitura, do porte pago, da isenção de impostos e do incremento de concursos literários. A discussão tornou-se mais acesa quando se falou do choque de geração. 

Chissana Magalhães abriu o tema: "Mesmo sem ser intencional, fizemos um corte com o que a geração anterior fazia, sobretudo no que diz respeito aos temas da diáspora e da insularidade." Silvino Lopes Évora, que além de investigador e poeta também é editor, não teve meias palavras: "As gerações não se entreajudam. Os mais velhos não aparecem nos lançamentos dos mais novos. Não querem saber o que fazemos". 

Dâmaso Vaz salientou antes a necessidade de cada escritor encontrar o seu lugar e percurso. "É importante um debate sobre a educação e a cultura em Cabo Verde, mas também uma análise pessoal, íntima, por parte de cada escritor", sublinhou. Síntese de todas as intervenções, Eileen Barbosa falou do seu percurso multifacetado, dentro e fora de Cabo Verde, entre as novas e as velhas tecnologias. "Durante muito tempo, não tinha consciência de estar numa ilha, por isso os meus personagens não tinham terra. Só quando fui pela primeira vez a Portugal e descobri o que era ser preta, que os meus personagens passaram a ser de cá, cada vez mais específicos". E é destas especificidades, feitas escrita e literatura, que se faz a Lusofonia. (Fim da transcrição)

NOTA DO DAI VARELA: No texto diz que lancei a ideia de um Plano Nacional de Leitura, mas na verdade lancei a ideia de se criar o Estatuto do Livro Infantojuvenil. Para conhecer melhor as propostas que apresentei no VI Encontro de Escritores click aqui



Gostei da Formação "A Arte do Dizer e do Contar"

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Estivemos na interessante formação "A ARTE DO DIZER E DO CONTAR" facilitada pela autora Olinda Beja.

Abertura da Formação "A Arte do Dizer e do Contar"


Para além de escritora e poeta com várias obras publicadas, Olinda Beja é Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas (Português/Francês) pela Universidade do Porto, docente do Ensino Secundário, ensina também Língua e Cultura Portuguesa na Suíça, e é assessora cultural da Embaixada de São Tomé e Príncipe e dinamizadora cultural, formadora, narradora e contadora de histórias.

Ainda contou com o a parceria do Filipe Santos: músico, guitarrista, compositor, intérprete, produtor musical, animador cultural. Além da guitarra ainda toca o baixo e o piano. 


Objetivos da formação:

- Despertar o prazer de ouvir e dizer textos narrativos e/ou poéticos;

- Motivar a leitura enquanto veículo de formação lúdica e pedagógica;

- Descobrir maneiras inovadoras de trabalhar textos narrativos e/ou poéticos em sala de aula independente da área em que atue;

- Compreender teoricamente o processo de elaboração de uma ou várias performances como acessórios da palavra;

- Desenvolver a expressão corporal e oral;

- Interagir com autores da Lusofonia;

- Adquirir saberes/sabores e culturas através do conto.


Organização: Biblioteca Nacional de Cabo Verde em Parceria com a Comissão Nacional Unesco 

Local: Biblioteca Nacional

Datas: 28/29/30 de Abril (Grupo A) e 2/3/4 de Maio de 2016 (Grupo B)

Sala de Formação com Olinda Beja e Filipe Santos


Atividades:

- Leitura de contos/lendas/poemas

- Dramatização de contos com acompanhamento musical

- Canções do reportório tradicional lusófono

- Audição e visualização de vídeos



Na sua estadia em Cabo Verde, a dupla ainda apresenta:

PERFORMANCES EM 2 ESCOLAS, NA PRAIA: 

- Actuação e apresentação dos livros de Literatura infanto-juvenil "Tomé Bombom" e "Um Grão de Café" (integrante do Plano Nacional de Leitura de Portugal), ambos da autoria de Olinda Beja.

Dias: 29 de Abril (Tarde) / 03 de Maio (Manhã). 

Público: alunos e professores, formandos.


“DIA DA LÍNGUA PORTUGUESA E DA CULTURA NA CPLP” 

- Recital de Olinda Beja e Filipe Santo: 05 de Maio, às 17h00

- Apresentação do livro “À sombra do Ocá” de Olinda Beja – Prémio literário Francisco José Tenreiro (durante o Recital).

- Exposição / Venda de livros de Autores da CPLP: de 05 a 13 de Maio 





De volta ao blogue...

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Depois de muito tempo sem escrever uma pessoa descobre que parar não traz inspiração. Quanto menos se escreve, menos se escreve (frase bobinha mas é a melhor forma de retratar a minha situação atual com o blogue.

Apesar desse quase abandono do meu querido espaço virtual desde 2008, o bom é que as pessoas não pararam de visitar (e algumas de revisitar) e no mês passado chegaram a 14 mil visualizações de páginas para um total de quase 900 mil. Isso deve significar que são leitores que regressam ou que revisitam artigos já lidos. Basta notar que tenho apenas 1265 artigos publicados. ou é isso ou então essas 14 mil visualizações são de pessoas que caíram de para-quedas aqui no meu blogue.


Vamos lá ver se essa cara bonita que a minha mãe me deu ajuda a ter boas ideias aqui para o blogue...

Lista de estudos sobre literatura para a infância

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Coloco aqui uma lista de estudos académicos em língua portuguesa relacionados com a literatura para a infância. 

Espero que gostem e que encontrem alguma obra de interesse e quem sabe faça nascer a vontade de desenvolver estudos na área da literatura para a infância de Cabo Verde.

Para baixar os livros é só clicar no título.

E se tiverem dicas de outros estudos nesta área podem partilhar nos comentários.






Avani Souza Silva

Tanto as tradições orais apropriadas pela Literatura Infantil e Juvenil quanto pela Literatura de maneira geral contribuem para a formação da identidade cultural, porque trazem elementos da cultura através dos quais nos reconhecemos e nos identificamos pelos laços de pertencimento. Destacamos como objetivo precípuo deste trabalho a imersão no processo de construção da identidade cultural cabo-verdiana, híbrida e plural, a fim de dar visibilidade a estratégias de que lança mão a literatura para se apropriar tanto do patrimônio oral quando das vivências históricas para dinamizar o imaginário infantil e juvenil. A oralidade, resgatada em vários números da Revista Claridade (1936 e 1937), evidencia-se na narrativa oral O Lobo e o Chibinho, transposta para a linguagem literária por Baltasar Lopes, no excerto Bibia, do romance Chiquinho, e ainda em cinco capítulos dessa obra publicados naquela revista. O imaginário infantil e juvenil crioulo será ainda por nós analisado a partir da leitura de Infância, primeira parte de Chiquinho, e da obra Comandante Hussi, de Jorge Araújo, em que enfatizamos diálogos interculturais e intertextuais ensejados pela paródia a texto jornalístico que motivou a obra. As categorias teóricas em que apoiamos nossas análises foram, respectivamente, identidade cultural (Stuart Hall) e hibridação (Néstor Canclini).






Avani Souza Silva

A Literatura Infantil e Juvenil africana de língua portuguesa teve seu início a partir da Independência Nacional desses países, em 1975, à exceção de Cabo Verde, cujos excertos do primeiro romance moderno, e considerado por nós como a primeira obra de Literatura Infantil e Juvenil Cabo-verdiana, foram publicados originariamente em 1936 e 1937, em Cabo Verde, respectivamente nos dois primeiros números da Revista Claridade – de Artes e Letras. Tratase do romance Chiquinho, de Baltasar Lopes, publicado integralmente em Lisboa em 1947. Este artigo enfoca o nascimento da Literatura Infantil e Juvenil Cabo-verdiana, assinalando seus textos fundadores, bem como destaca, das publicações havidas após 1975, data da Independência Nacional, a obra Comandante Hussi, do escritor cabo-verdiano diaspórico Jorge Araújo, a primeira do gênero publicada no Brasil. O autor utiliza-se das estratégias da paródia (HUTCHEON, 1989) e do grotesco (BAKHTIN, 2013) para construir a narrativa, baseando-se originalmente no jornalismo literário, tornando a obra de potencial interesse para crianças e jovens. Comandante Hussi será analisado com base nas noções de identidade cultural postuladas por Stuart Hall (2003, 2006), derivando na proposta de sua abordagem, a partir do 6º ano do Ensino Fundamental, como instrumento didático-pedagógico para cumprimento das disposições da Lei 10.639/2003. 




Juliana de Carvalho Frederico Tavares

As interrogações que estiveram na base desta pesquisa resultaram da convivência entre o ideal de educação de infância visualizado no curso, em que as diversas formas de literatura infantil (contos, poesia, lengalengas e outras) têm uma presença determinante no mundo da criança, e a realidade dos nossos jardins-de-infância, onde os livros são escassos e, muitas vezes, os existentes se encontram perfeitamente arrumados nas prateleiras, sendo as crianças proibidas de lhes tocar, e em que o tempo efectivo dedicado às histórias e ao despertar da imaginação parece muito insuficiente.




António dos Santos da Luz

Com esta proposta de tema, que ora se apresenta, não se almeja outra coisa a não ser desenvolver uma leitura analítico-interpretativa da versão escrita do conto popular BLIMUNDO, publicado em 1999, pelo artista plástico sãovicentino Leão Lopes, visando compreender não só o percurso que descreveu até à actualidade, na forma de texto oral, mas também as transformações de que foi objecto ao se transferir para a forma escrita. De entre as várias versões deste conto que se conhecem, sobretudo orais ou oralizantes, fez-se uma clara opção pela versão escrita que se justifica por se investir de pretensões literárias.




A crítica literária de literatura infantil e as escolhas do público

Leonor Riscado

O público leitor de Literatura Infantil não é responsável pela selecção e aquisição de livros, deixando aos adultos essa tarefa. Assim, pais, professores, animadores, bibliotecários e livreiros necessitam de possuir instrumentos de referência para as suas escolhas. A informação crítica de qualidade, que surgia com carácter pontual, em Portugal, em publicações periódicas, vê-se agora acompanhada por recensões em revista especializada, procurando fornecer a potenciais interessados leituras fundamentadas que têm sempre em atenção o trabalho de recepção do jovem leitor.





Laura Lima Bernardinelli & Vanderleia Macena Gonçalves de Carvalho

Ao longo dos anos, a educação tem se preocupado em contribuir para a formação de um individuo critico, responsável e atuante na sociedade. Isso porque vivemos em uma sociedade onde as trocas acontecem rapidamente, seja através da leitura, da escrita, da linguagem oral ou visual. Diante disso, a escola busca conhecer e desenvolver na criança as competências da leitura e da escrita e a literatura infantil
pode influenciar de maneira positiva nesse processo. Para que tal desenvolvimento seja alcançado é necessário que o profissional haja de maneira correta para desta forma propiciar ao aluno um desenvolvimento adequado. O ideal é conscientizar pais e professores sobre a importância de desenvolver o habito da leitura nos primeiros anos de vida. 




Américo António Lindeza Diogo


Num país como  nosso, em que a literatura infantil - de tradição recente e com poucas obras que suscitem a unanimidade dos clássicos - se encontra ainda em processo de legitimação, compreende-se a escassez e a indigência de estudos teóricos, críticos ou historiográficos sobre este domínio. Um passo importante para a superação dessa lacuna é representado por este ensaio de Américo Lindeza Diogo.






Luciana da Silva Dias

Este artigo trata de um estudo sobre a importância da Literatura Infantil dentro das séries iniciais no Ensino Fundamental. Durante esse processo foram utilizados instrumentos metodológicos como, por exemplo: observações, experiências de estágio, pesquisas e leituras de obras relacionadas ao assunto, propondo uma análise crítica e reflexiva sobre o desenvolvimento da aprendizagem tendo como suporte a Literatura Infantil. Essa análise teve suas significações com base em teóricos que estudaram e se aprofundaram no estudo da Literatura Infantil como agente significador para a construção da identidade infantil.




Ana Filipa Mendes Ferreira

A nossa sociedade vem enfrentando com alguma dificuldade a emergência dos paradigmas sociais, económicos e culturais perante os quais a globalização nos colocou. Ao longo deste processo tão complexo, os valores que geriam a nossa forma de ser e de viver, connosco próprios, com os outros e com a sociedade, perderam a sua nitidez, o que gerou uma dificuldade crescente em percebermos como orientar as nossas condutas. Perante este perigoso panorama, urge a necessidade de as nossas escolas assumirem a sua responsabilidade fundamental de formar cidadãos esclarecidos, ativos e responsáveis. É essencial que, desde o Jardim de Infância, as crianças sejam incentivadas a refletir sobre os seus modos de agir, sobre si próprias, sobre o outro, sobre as relações que se estabelecem entre os dois. 




José Nicolau Gregorin Filho; Patrícia Kátia da Costa Pina; Regina da Silva Michelli

É imenso e multifacetado o universo da literatura infantil e juvenil. No Brasil, a produção cultural para a infância e juventude, em especial a literária, cresceu exponencialmente a partir de 1970. Cresceu em quantidade e qualidade, tornando cada vez mais refinado o vasto menu de obras. Vale lembrar que tal refinamento, tendo como norte o respeito ao imaginário infanto-juvenil, encontra em Monteiro Lobato o seu artesão primeiro e maior. Minhas lutas em prol da democratização da leitura no país tiveram início em 1972, logo depois que João Carlos Marinho escrevera a obra "O Caneco de Prata" (1971), tida por muitos estudiosos como o marco principal do movimento de renovação da literatura infantil brasileira na era pós-Lobato




Polyana Fernandes Pereira dos Santos1, Marco Aurélio Gomes de Oliveira 

O presente artigo é resultado da pesquisa realizada na monografia sobre o tema “A Literatura Infantil na Educação Infantil” e tem como objetivo analisar a importância da Literatura Infantil para o desenvolvimento social, cognitivo e afetivo das crianças; problematizar a concepção do professor de como trabalhar a Literatura Infantil e investigar as concepções de Literatura Infantil presentes no Brasil a partir do século XX. Para tanto, o trabalho está dividido em dois momentos e para sua composição foram pesquisadas fontes bibliográficas em que se destaca Coelho (1985), Abramovich (1993) e Simões (2000). A primeira parte contempla a história da Literatura Infantil brasileira no século XX e nela são destacados os principais contextos históricos vividos pela sociedade da época e também os principais autores e livros que fizeram parte da construção da educação neste século. 





Sílvia Cristina Fernandes Paiva & Ana Arlinda Oliveira

O presente artigo busca compreender as concepções de literatura infantil que fundamentam a prática dos professores na formação de alunos. Entendemos que o tratamento da Literatura Infantil visando somente à habilidade de leitura ou como veículo para instrução moral ou cívica torna-se inadequado para a formação de leitor literário. Pois, o bom leitor é aquele que envolvido numa relação de interação com a obra literária, encontra significado quando lê, procura compreender o texto e relaciona com o mundo à sua volta, construindo e elaborando novos significados do que foi lido. Só assim, a leitura pode contribuir de forma significativa numa sociedade letrada, no exercício da cidadania e no desenvolvimento intelectual.




Gomes, José António

O tema que me proponho tratar - as especificidades da literatura portuguesa para crianças e jovens - daria para anos de estudo e o seu tratamento adequado obrigaria a escrever não um mas vários livros. Acresce que "só poderemos compreender e bem definir uma literatura nacional em função da literatura universal "- é Jacinto do Prado Coelho quem o recorda (COELHO, 1977: 12)."Mas que sabemos nós da literatura universal? " - interroga-se o mesmo autor. Com mais legitimidade ainda, faço minha a pergunta, na impossibilidade de recorrer a um método comparativo ou a pesquisas anteriores sobre o assunto.





Lia Cupertino Duarte Albino

Que tipos de textos são classificados como pertencentes à literatura infantil? Por que essa designação? Qual sua origem? O que caracterizou o gênero ao longo de sua evolução? Qual o estado atual da questão? São esses alguns dos questionamentos a que esse texto se propõe. Adotando uma visão diacrônica perpassada por alguns cortes sincrônicos inevitáveis, nosso percurso se inicia na Europa do século XVIII com o fim da concepção medieval de organização da sociedade, momento em que a leitura destinada às crianças restringia-se aos clássicos épicos, e chega, no século XXI, ao Brasil, país marcado pela crescente crise de leitura.





António Quadros

Quem queira levar a cabo neste momento quaisquer estudos para a história do livro para crianças em Portugal depara com uma situação de quase total carência de instrumentos básicos de trabalho. Estão ainda por publicar bibliografias exaustivas dos autores portugueses com elementos elucidativos e merecedores de confiança; e assim faltam também as possíveis correcções que viriam certamente a lume pela participação de quem, possuidor de elementos dispersos, nunca os pôde integrar num trabalho mais vasto e convenientemente estruturado.




Fernando Rodrigues de Oliveira

Nesta comunicação, apresentam–se resultados parciais da pesquisa de mestrado em Educação, vinculada às linhas “Literatura infantil e juvenil” e “Formação de professores” do Gphellb – Grupo de Pesquisa “História do Ensino de Língua e Literatura no Brasil”, coordenado por Maria do Rosário Longo Mortatti. Com o objetivo de contribuir para a produção de uma história do ensino de Língua e Literatura no Brasil e, também, para a compreensão de um importante momento na história do ensino da literatura infantil e formação de professores, focaliza–se a proposta para esse ensino apresentada pela professora baiana Bárbara Vasconcelos de Carvalho (1915–2008) em “Compêndio de literatura infantil: para o 3º ano normal“, cuja 1ª edição foi publicada pela Companhia Editora Nacional (SP), em 1959. 





Ana Carolina Fraga Novo

Como designer mas, particularmente, como ser humano, vou dando conta do mundo que nos rodeia e do que, em pequenos gestos, poderíamos fazer para o tornar diferente. Torná-lo acessível a todos. Como ser humano e como profissional num mundo tão vasto e saturado como é o da comunicação, sinto-me na obrigação de procurar soluções, procurar quebrar com barreiras ainda existentes na nossa sociedade e com as quais alguns cidadãos se veem confrontados, todos os dias.





Ernesta Zamboni & Selva Guimarães Fonseca

O artigo aborda o desenvolvimento das noções do tempo histórico a partir das contribuições da literatura infantil. Como a linguagem literária ficcional, constitutiva do processo de formação da criança, contribui para a aprendizagem da temporalidade histórica nos primeiros anos de escolaridade? As autoras analisam a temática, tendo como referência a leitura de obras literárias, de ampla divulgação no universo da educação escolar brasileira.





Xênia Lacerda Cordeiro

Mostra a criação da comunicação impressa desde seus rudimentos, até atingir a literatura infantil. Vê esta literatura como criada para a criança e não pela mesma. Assim, considera-se uma atividade complexa, visto implicar em questões psicopolítico-sociais. Reflete que para a literatura infantil cumprir seu propósito de formar e informar, induzir e conduzir é necessário que haja o compromisso da indústria editorial para com a cultura, objetivando um produto mais bem elaborado, em termos gráfico-editoriais (arte gráfica). Bibliotecários, educadores, promotores de cultura são os intermediários entre o autor e o universo infantil sendo, portanto, responsáveis pela "criação" e "não criação" do leitor-criança - processo esse irreversível.






Lucila Bonina Teixeira Simões

O artigo tem por objetivo discutir dois conceitos fundamentais para a teoria e a crítica da literatura infantil: a concepção de criança sobre a qual se constroem as obras infantis e a função social atribuída à literatura infantil. O texto analisa como importantes teóricos da literatura infantil brasileiros trataram da questão e como as diferentes concepções de infância determinaram o percurso da literatura infantil no país.







Ana Paula Cantarelli; Evandra Oliveira Cardoso; Ronan Simioni

O presente trabalho teve como objetivo realizar pesquisa de campo sobre a importância da literatura no desenvolvimento infantil. Buscou-se aprofundar os conhecimentos sobre a importância da literatura na aprendizagem e no emocional da criança, tendo em vista a sua alta empregabilidade no meio escolar. Utilizou-se como método o descritivo exploratório através do conhecimento direto da realidade, onde os professores sujeitos da pesquisa forneceram as informações através de entrevistas semi-estruturadas. A análise dos dados foi feita por categorização, onde foram extraídos das falas dos professores os pensamentos principais e que mais se repetiram durante as entrevistas. 





Ângela Balça Universidade de Évora

Com o final do regime de ditadura em Portugal, em 1974 e, consequentemente, com a abertura do país ao exterior e com a abolição da censura, que deu origem de alguma forma a uma certa abordagem mais livre dos problemas em geral, criaram-se outras condições, para que surgissem novos autores de literatura infantil bem como se desenvolvessem esforços, iniciados já anteriormentei, para que houvesse um novo olhar e um novo entendimento sobre as questões da leitura e da literatura infantil.






Carmem Montes Paixão

Este trabalho resgata no capítulo inicial, um pouco da história da literatura infantil, e um pouco da vida de duas escritoras que sentem um enorme prazer em escrever para crianças. E que também tem suas histórias contadas nas Tendas Que Contam Histórias: A Pedagogia do Encantamento do Município de Mesquita. O trabalho visa analisar junto aos educadores, os desafios de despertar alunos leitores/escritores, e retrata os benefícios pessoais que a leitura pode proporcionar, como melhoria nos conhecimentos e nos valores. Também evidenciamos neste trabalho a importância de se iniciar este hábito desde o berço e da educação infantil, e como pais e professores podem estimular o hábito da leitura em casa, na sala de aula, e na biblioteca da escola.





Bárbara Vasconcelos De Carvalho

Nesta dissertação de mestrado, apresentam-se resultados de pesquisa vinculada às linhas “Literatura infantil e juvenil” e “Formação de professores” do Grupo de Pesquisa e dos Projetos Integrados de Pesquisa “História do Ensino de Língua e Literatura no Brasil” “Bibliografia brasileira sobre história do ensino de língua e literatura no Brasil (2003-2011) (CNPq), todos coordenados por Maria do Rosário Longo Mortatti. Com o objetivo de contribuir para a produção de uma história do ensino de língua e literatura no Brasil e contribuir para a compreensão da história da formação de professores e do ensino da literatura infantil no Brasil, enfoca-se, neste texto, a proposta para o ensino da literatura infantil apresentada em Compêndio de literatura infantil: para o 3º. ano normal (1959), de Bárbara Vasconcelos de Carvalho (1915-2008), publicado pela Companhia Editora Nacional (SP).





Ana Margarida Ramos & Eliane Debus

O artigo apresenta uma análise comparativa dos estudos teórico-críticos sobre literatura infantil e juvenil realizados no Brasil e em Portugal, a partir de três momentos: anos de 1960/1970, 1980/1990, 2000/2010, com o objetivo de mapear o seu desenvolvimento e refletir sobre as alterações, as continuidades e avanços verificados nestes períodos.










Rafiza Varão & Veronica Bemfica

A prática do jornalismo especializado para crianças hoje esconde raízes antigas, cujas diretrizes iniciais despontam juntamente com uma nova dimensão dada à primeira fase do desenvolvimento humano, sobretudo após o século XVIII: a infância. Contudo, não se pode afirmar com certeza que as primeiras publicações periódicas elaboradas para o público infantil constituíssem de fato jornalismo. Este artigo procura apresentar o surgimento da imprensa jornalística para crianças, bem como perceber de que maneira as primeiras publicações periódicas para o público infantil constituíam ou não produtos jornalísticos. Dessa forma, parte-se primeiramente de uma discussão sobre a própria emergência da categoria “infância”, para em seguida relacioná-la ao papel que a leitura adquiriu na formação das crianças e a subseqüente aproximação entre a produção jornalística e o público infantil, buscando compreender as características dessa produção em sua origem.





Ana Teresa Bento da Gama Prata

Este trabalho pretende centrar-se na obra Charlie and the Chocolate Factory, de Roald Dahl, analisando duas traduções portuguesas. O objectivo principal consiste em proceder ao levantamento de problemas de tradução, com base no critério se tratar de marcadores culturais, e, através da aplicação do modelo de Gideon Toury e dos conceitos de acceptability e adequacy, tirar conclusões relativamente às estratégias adoptadas pelas tradutoras das duas edições portuguesas. Será que dão preferência ao contexto de chegada, fazendo adaptações culturais ou lexicais com o objectivo de facilitar a leitura e a compreensão do leitor? Ou dão primazia ao texto de partida, trazendo a realidade cultural estranha até ao contexto de chegada? É esta a questão a que pretendemos dar resposta.



"estória, estória" 1º documentário sobre a literatura Infanto-Juvenil de Cabo Verde

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Como é vista a literatura infanto-juvenil em Cabo Verde? Esta é a pergunta de partida para a realização deste Documentário em vídeo intitulado “estória, estória - Panorama
da Literatura Infanto-Juvenil em Cabo Verde”, inédito no país. Trata-se de uma produção de média metragem a ser realizado em Cabo Verde que pretende investigar e registar os principais actores nacionais da cena literária voltada para as crianças e adolescentes. Para se conseguir um resultado com maior qualidade e que melhor promove a literatura para a infância e a cultura do nosso país.


Ficha Técnica
Título: Documentário – Panorama da Literatura Infanto-Juvenil de Cabo Verde 
Proponente: Odair “Dai Varela” Rodrigues 
Contacto: odairvarela.cv@gmail.com | Tel: (238) 9974807 
Local: Cabo Verde | Duração: Média-Metragem (aproximadamente 50 minutos) 
Qualidade do vídeo: Duas câmaras Full-HD (1920 x 1080 pixels) 30 fps 
Idioma: Português e língua Cabo-verdiana - Legenda: Inglês e Francês


Justificativa 
Cabo Verde não tem uma grande produção de livros e literatura volta para o público infantil ou juvenil, mas há vários autores que vêm dando seu contributo neste sector e que se torna necessário dar a conhecer. Uma das grandes críticas é que não há políticas públicas de edição ou investimento na produção literária e que ainda há muito por fazer. É por isso importante procurar entender os factores que condicionam a publicação, as propostas de melhoria, o estado da arte das ilustrações e conhecer o percurso dos principais autores e ilustradores nacionais.


Sobre o panorama da literatura infanto-juvenil nacional 
A produção literária infanto-juvenil de Cabo Verde tem, na sua maioria, procurado assumir um papel lúdico e de transmissão da herança folclórica, mas sem esquecer o lado educativo e pedagógico. Contudo, este edifício de produções criativas é tão frágil que, provavelmente, nos últimos dez anos se uma mão cheia de autores tivesse decidido fazer outra coisa que não ter publicado, hoje a publicação da literatura infanto-juvenil nacional seria praticamente inexistente. Estas publicações não procuram ser uma extensão ou simulacro da escola, ao invés disso, há uma preocupação do livro se apresentar como uma obra literária per si. Nossos livros infanto-juvenis não são pensados apenas na lógica do consumo e do entretenimento. Os autores não procuram usá-los como instrumento didático de ensino, apesar de que muitos tentam despertar o interesse do Ministério da Educação para que o livro seja integrado nos planos nacionais de leitura curricular. Sendo um produto cultural, o livro infanto-juvenil tem nele contido parte do processo de transmissão da herança social. Do livro pode-se saber sobre costumes e valores desta sociedade, mesmo que através de fantasias, mas também da qualidade do traço dos ilustradores, do parque gráfico, das políticas sectoriais, do nível de literacia, ou mesmo da forma como expressamos e entendemos a vida. As edições são em número reduzido, abrangendo diversos géneros, estilos e temáticas.


Sobre o proponente do Documentário 
Sou Odair ‘Dai Varela’ Rodrigues, autor de literatura infanto-juvenil e é a vontade de dar maior projecção a esta área artística e criativa que me motiva a abraçar este projecto ambicioso. Também sou licenciado em Ciências da Comunicação – vertente Jornalismo e com experiência na assistência de produção dos documentários: “Cabo Verde: um ar de paraíso” [para uma produtora de França] e “Em uma ilha no Oceano Atlântico vive um homem que constrói guitarras” [para uma produtora da Suécia] “Pacificadores - Ninjas de São Vicente” e “Vida Interrompida” [para uma produtora de Cabo Verde]. Será esta experiência que irei usar procurando produzir e realizar um documentário de qualidade. Acreditando no valor e potencial deste produto audiovisual, espero que este abra portas para conexões inesperadas com financiadores e outros realizadores.


Público-alvo 
Este documentário é direccionado para o público que aprecia a literatura infantojuvenil, aos estudiosos deste nobre género literário, para as várias bibliotecas espalhadas pelo país e, claro, como conteúdo audiovisual para as televisões e divulgação na Internet.


Apoios ou Financiamentos
Bom, tirando a boa vontade das pessoas entrevistadas (que aproveito para agradecer de coração) e das ajudas das pessoas que me são queridas, ainda não tenho qualquer financiamento ou patrocínio. Por isso vamos produzindo no nosso tempo até que esteja pronto. 
Quem sabe será desta que aparece um Mecenas Cultural para apoiar este projeto?



Principais personagens do documentário “estória, estória - Panorama da Literatura Infanto-Juvenil em Cabo Verde”

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Estas são algumas das personalidades entrevistadas para o meu webdocumentário em vídeo intitulado “estória, estória - Panorama da Literatura Infanto-Juvenil em Cabo Verde” e que foram selecionadas com base na relevância, quer no plano cultural e artístico, bem como no académico. 

Tendo em conta que o trabalho está na fase de produção, ainda estou em contato com outras pessoas como forma de enriquecer ainda mais este documentário inédito em Cabo Verde.

Para saber mais sobre sobre o documentário click em"estória, estória"

Conheça então alguns dos entrevistados até agora:





Luísa Queirós - Artista plástica e Ilustradora; Autora de “As Ilhas da Outra face da Lua” [1992] galardoada com o Prémio da Comissão da UNESCO e do Centro Nacional de Cultura de Portugal, e “Saaraci, o último gafanhoto do deserto” [1998], recebe em 1998 o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças e o Prémio António Nunes – Literatura Infantil, da Associação de Escritores Cabo-verdianos.

Leão Lopes - Artista plástico e Ilustrador; Autor dos livros “A História de Blimundo” [1982]; “UNINE” [1998]; “Capitão Farel – A Fabulosa História de Tom Farwell, o Pirata de Monte Joana” [2006]. Foi Ministro da Cultura nos anos 90 em Cabo Verde, e o primeiro caboverdiano a realizar uma longa-metragem de ficção –"Ilhéu de Contenda", baseada no romance homónimo de Teixeira de Sousa. Também publicou outras obras em diversos géneros.


Fátima Bettencourt - Autora do livro infanto-juvenil “A Cruz do Rufino” [1997]. Membro do Conselho Fundador da Academia de Letras de Cabo Verde, e também faz parte da Associação de Escritores Cabo-verdianos. Também publicou outras obras em diversos géneros.



João Lopes Filho - Autor do livro juvenil “Vamos Conhecer Cabo Verde” [1998] e do livro infantil “O Gatinho Medroso” [2012] com ilustrações de Rogério Rocha. Docente universitário e investigador. Grande Prémio de Literatura SONANGOL – 2010. Também publicou outras obras em diversos géneros.





Marilene Pereira - Autora dos livros infanto-juvenis “Aventura na Cidade Velha” [2008], “Um, dois, três”, “Bentinho traquina” [2000], “O que os olhos não veem” (em colaboração com Dina Salústio) [2002] e “Dona Sani”. Diretora do Centro Cultural Brasil-Cabo Verde.





Tchalé Figueira– Artista plástico. Fez a ilustração do conto juvenil “Marianinha”, da autora Gisela Neves, Prémio Literatura InfantoJuvenil 2008 – Instituto Camões – Centro Cultural Português Praia. É ficcionista, músico e poeta. Em 2008 foi premiado pela Prix Fondation Blanchère na Bienal de Dakar. Também publicou outras obras em outros géneros.




Ana Cordeiro - Editora que já publicou vários livros infantojuvenis com o selo da “Ilhéu Editora”; Mestre em Estudos Literários, Culturais e Interartes. Antiga diretora do Centro Cultural Português do Mindelo.





António Luís Rodrigues - Autor do livro infanto-juvenil “Minguim, o Pirata” [2003], premiado no concurso 'Contos para a Infância' no programa Mindelo Capital Lusófona da Cultura 2002-2003.






Antonieta Lopes– Curadora da Biblioteca Nacional e professora de História.








Alex da Silva - Artista plástico e formado em Belas Artes. Curador da Galeria Zero-Point Art, no Mindelo.






Zaida Sanches– Autora da colecção de livros infantis, “Stera” [2009], que incluí os contos “A Sopa da Beleza”, “O Reino das Rochas”, “A Greve dos Animais” e “A princesa do mês de Agosto”.






Carlos Araújo - Autor do livro infanto-juvenil “SOLRAC no Planeta Terra” [2015]. Grande Prémio SONANGOL de Literatura 1999. Também publicou outras obras em diversos géneros.





Fátima Fernandes – Professora de Literatura Infanto-Juvenil e de Estudos Cabo-Verdianos e Portugueses na Universidade de Cabo Verde.






Kiki Lima - Além de pintor, escultor e designer, é também compositor e intérprete. Prémio Prestígio AI -UÉ – PINTURA [1992]. Condecorado com a 1ª Classe da Medalha do Vulcão, pelo Presidente da República de Cabo Verde, “em reconhecimento pela sua relevante contribuição para o enriquecimento do património artístico nacional, com particular relevo no domínio das artes plásticas” [2000].




Hermínia Curado– Autora dos livros infantis “Estórias de Encantar” [2000], “A Magia das Palavras” [2003]. Também publicou outras obras em outros géneros.







Carmelinda Gonçalves– Autora dos livros infantis “O Pirilampo e a Libélula” [2013], “O Espantalho” [2015] e “ET” [2016] e "Bulling" [2016].






Chissana M. Magalhães– Autora do conto infantil “A cadeira de Ti Laia”, distinguida com Menção Honrosa no Concurso Lusófono da Trofa – Prémio Matilde Rosa Araújo [2014].




Dina Salústio - autora do livro infantil “A Estrela TLIM TLIM” [1998] e “O que os olhos não veem” (em colaboração com Marilene Pereira). É membro-fundadora da Associação dos Escritores Cabo-verdianos e das revistas Mudjer e Ponto & Vírgula. Publicou em 1994 a colectânea de 35 contos, “Mornas Eram as Noites”, que lhe valeu a obtenção do Prémio de Literatura Infantil de Cabo Verde. Também publicou outras obras em outros géneros.




Margarida Santos– Directora Nacional da Educação







Apoios ou Financiamentos

Bom, tirando a boa vontade das pessoas entrevistadas (que aproveito para agradecer de coração) e das ajudas das pessoas que me são queridas, ainda não tenho qualquer financiamento ou patrocínio. Por isso vamos produzindo no nosso tempo até que esteja pronto. 

Quem sabe será desta que aparece um Mecenas Cultural para apoiar este projeto?


Lista de estudos sobre literatura para a infância

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Coloco aqui uma lista de estudos académicos em língua portuguesa relacionados com a literatura para a infância. 

Espero que gostem e que encontrem alguma obra de interesse e quem sabe faça nascer a vontade de desenvolver estudos na área da literatura para a infância de Cabo Verde.

Para baixar os livros é só clicar no título.

E se tiverem dicas de outros estudos nesta área podem partilhar nos comentários.



Narrativas orais, literatura infantil e juvenil e identidade cultural em Cabo Verde

Avani Souza Silva

Tanto as tradições orais apropriadas pela Literatura Infantil e Juvenil quanto pela Literatura de maneira geral contribuem para a formação da identidade cultural, porque trazem elementos da cultura através dos quais nos reconhecemos e nos identificamos pelos laços de pertencimento. Destacamos como objetivo precípuo deste trabalho a imersão no processo de construção da identidade cultural cabo-verdiana, híbrida e plural, a fim de dar visibilidade a estratégias de que lança mão a literatura para se apropriar tanto do patrimônio oral quando das vivências históricas para dinamizar o imaginário infantil e juvenil. A oralidade, resgatada em vários números da Revista Claridade (1936 e 1937), evidencia-se na narrativa oral O Lobo e o Chibinho, transposta para a linguagem literária por Baltasar Lopes, no excerto Bibia, do romance Chiquinho, e ainda em cinco capítulos dessa obra publicados naquela revista. O imaginário infantil e juvenil crioulo será ainda por nós analisado a partir da leitura de Infância, primeira parte de Chiquinho, e da obra Comandante Hussi, de Jorge Araújo, em que enfatizamos diálogos interculturais e intertextuais ensejados pela paródia a texto jornalístico que motivou a obra. As categorias teóricas em que apoiamos nossas análises foram, respectivamente, identidade cultural (Stuart Hall) e hibridação (Néstor Canclini).




Avani Souza Silva


A Literatura Infantil e Juvenil africana de língua portuguesa teve seu início a partir da Independência Nacional desses países, em 1975, à exceção de Cabo Verde, cujos excertos do primeiro romance moderno, e considerado por nós como a primeira obra de Literatura Infantil e Juvenil Cabo-verdiana, foram publicados originariamente em 1936 e 1937, em Cabo Verde, respectivamente nos dois primeiros números da Revista Claridade – de Artes e Letras. Tratase do romance Chiquinho, de Baltasar Lopes, publicado integralmente em Lisboa em 1947. Este artigo enfoca o nascimento da Literatura Infantil e Juvenil Cabo-verdiana, assinalando seus textos fundadores, bem como destaca, das publicações havidas após 1975, data da Independência Nacional, a obra Comandante Hussi, do escritor cabo-verdiano diaspórico Jorge Araújo, a primeira do gênero publicada no Brasil. O autor utiliza-se das estratégias da paródia (HUTCHEON, 1989) e do grotesco (BAKHTIN, 2013) para construir a narrativa, baseando-se originalmente no jornalismo literário, tornando a obra de potencial interesse para crianças e jovens. Comandante Hussi será analisado com base nas noções de identidade cultural postuladas por Stuart Hall (2003, 2006), derivando na proposta de sua abordagem, a partir do 6º ano do Ensino Fundamental, como instrumento didático-pedagógico para cumprimento das disposições da Lei 10.639/2003. 

Wittmann, Tabita

A produção das narrativas está intimamente ligada ao contexto histórico e cultural em que se insere. Ao refletirmos a respeito da história das ex-colônias portuguesas na África, organizadas em sociedades tribais, percebemos a importância do conto tradicional. Só muito recentemente se constituiu o termo literatura infantil africana, dessa forma, analisamos os contos infantis de Angola, Cabo Verde e Moçambique e, a partir desses, investigamos a compreensão do conto como função social nos países que procuravam formas de libertação. Na narrativa africana, muitas vezes, predomina a valorização da cultura tradicional, a presença acentuada do imaginário ancestral e principalmente do animismo das culturas africanas. Essas características singularizam a África no âmbito mundial tanto em termos de contextos socioculturais quanto da incompatibilidade entre a forma literária canônica e o conteúdo oriundo dessas culturas.







Juliana de Carvalho Frederico Tavares

As interrogações que estiveram na base desta pesquisa resultaram da convivência entre o ideal de educação de infância visualizado no curso, em que as diversas formas de literatura infantil (contos, poesia, lengalengas e outras) têm uma presença determinante no mundo da criança, e a realidade dos nossos jardins-de-infância, onde os livros são escassos e, muitas vezes, os existentes se encontram perfeitamente arrumados nas prateleiras, sendo as crianças proibidas de lhes tocar, e em que o tempo efectivo dedicado às histórias e ao despertar da imaginação parece muito insuficiente.



António dos Santos da Luz

Com esta proposta de tema, que ora se apresenta, não se almeja outra coisa a não ser desenvolver uma leitura analítico-interpretativa da versão escrita do conto popular BLIMUNDO, publicado em 1999, pelo artista plástico sãovicentino Leão Lopes, visando compreender não só o percurso que descreveu até à actualidade, na forma de texto oral, mas também as transformações de que foi objecto ao se transferir para a forma escrita. De entre as várias versões deste conto que se conhecem, sobretudo orais ou oralizantes, fez-se uma clara opção pela versão escrita que se justifica por se investir de pretensões literárias.




A crítica literária de literatura infantil e as escolhas do público

Leonor Riscado


O público leitor de Literatura Infantil não é responsável pela selecção e aquisição de livros, deixando aos adultos essa tarefa. Assim, pais, professores, animadores, bibliotecários e livreiros necessitam de possuir instrumentos de referência para as suas escolhas. A informação crítica de qualidade, que surgia com carácter pontual, em Portugal, em publicações periódicas, vê-se agora acompanhada por recensões em revista especializada, procurando fornecer a potenciais interessados leituras fundamentadas que têm sempre em atenção o trabalho de recepção do jovem leitor.





Laura Lima Bernardinelli & Vanderleia Macena Gonçalves de Carvalho

Ao longo dos anos, a educação tem se preocupado em contribuir para a formação de um individuo critico, responsável e atuante na sociedade. Isso porque vivemos em uma sociedade onde as trocas acontecem rapidamente, seja através da leitura, da escrita, da linguagem oral ou visual. Diante disso, a escola busca conhecer e desenvolver na criança as competências da leitura e da escrita e a literatura infantil pode influenciar de maneira positiva nesse processo. Para que tal desenvolvimento seja alcançado é necessário que o profissional haja de maneira correta para desta forma propiciar ao aluno um desenvolvimento adequado. O ideal é conscientizar pais e professores sobre a importância de desenvolver o habito da leitura nos primeiros anos de vida. 




Américo António Lindeza Diogo


Num país como  nosso, em que a literatura infantil - de tradição recente e com poucas obras que suscitem a unanimidade dos clássicos - se encontra ainda em processo de legitimação, compreende-se a escassez e a indigência de estudos teóricos, críticos ou historiográficos sobre este domínio. Um passo importante para a superação dessa lacuna é representado por este ensaio de Américo Lindeza Diogo.








Luciana da Silva Dias

Este artigo trata de um estudo sobre a importância da Literatura Infantil dentro das séries iniciais no Ensino Fundamental. Durante esse processo foram utilizados instrumentos metodológicos como, por exemplo: observações, experiências de estágio, pesquisas e leituras de obras relacionadas ao assunto, propondo uma análise crítica e reflexiva sobre o desenvolvimento da aprendizagem tendo como suporte a Literatura Infantil. Essa análise teve suas significações com base em teóricos que estudaram e se aprofundaram no estudo da Literatura Infantil como agente significador para a construção da identidade infantil.




Ana Filipa Mendes Ferreira

A nossa sociedade vem enfrentando com alguma dificuldade a emergência dos paradigmas sociais, económicos e culturais perante os quais a globalização nos colocou. Ao longo deste processo tão complexo, os valores que geriam a nossa forma de ser e de viver, connosco próprios, com os outros e com a sociedade, perderam a sua nitidez, o que gerou uma dificuldade crescente em percebermos como orientar as nossas condutas. Perante este perigoso panorama, urge a necessidade de as nossas escolas assumirem a sua responsabilidade fundamental de formar cidadãos esclarecidos, ativos e responsáveis. É essencial que, desde o Jardim de Infância, as crianças sejam incentivadas a refletir sobre os seus modos de agir, sobre si próprias, sobre o outro, sobre as relações que se estabelecem entre os dois. 




José Nicolau Gregorin Filho; Patrícia Kátia da Costa Pina; Regina da Silva Michelli

É imenso e multifacetado o universo da literatura infantil e juvenil. No Brasil, a produção cultural para a infância e juventude, em especial a literária, cresceu exponencialmente a partir de 1970. Cresceu em quantidade e qualidade, tornando cada vez mais refinado o vasto menu de obras. Vale lembrar que tal refinamento, tendo como norte o respeito ao imaginário infanto-juvenil, encontra em Monteiro Lobato o seu artesão primeiro e maior. Minhas lutas em prol da democratização da leitura no país tiveram início em 1972, logo depois que João Carlos Marinho escrevera a obra "O Caneco de Prata" (1971), tida por muitos estudiosos como o marco principal do movimento de renovação da literatura infantil brasileira na era pós-Lobato




Tabita Wittmann

A produção das narrativas está intimamente ligada ao contexto histórico e cultural em que se insere. Ao refletirmos a respeito da história das ex-colônias portuguesas na África, organizadas em sociedades tribais, percebemos a importância do conto tradicional. Só muito recentemente se constituiu o termo literatura infantil africana, dessa forma, analisamos os contos infantis de Angola, Cabo Verde e Moçambique e, a partir desses, investigamos a compreensão do conto como função social nos países que procuravam formas de libertação. Na narrativa africana, muitas vezes, predomina a valorização da cultura tradicional, a presença acentuada do imaginário ancestral e principalmente do animismo das culturas africanas. Essas características singularizam a África no âmbito mundial tanto em termos de contextos socioculturais quanto da incompatibilidade entre a forma literária canônica e o conteúdo oriundo dessas culturas.



Polyana Fernandes Pereira dos Santos1, Marco Aurélio Gomes de Oliveira 

O presente artigo é resultado da pesquisa realizada na monografia sobre o tema “A Literatura Infantil na Educação Infantil” e tem como objetivo analisar a importância da Literatura Infantil para o desenvolvimento social, cognitivo e afetivo das crianças; problematizar a concepção do professor de como trabalhar a Literatura Infantil e investigar as concepções de Literatura Infantil presentes no Brasil a partir do século XX. Para tanto, o trabalho está dividido em dois momentos e para sua composição foram pesquisadas fontes bibliográficas em que se destaca Coelho (1985), Abramovich (1993) e Simões (2000). A primeira parte contempla a história da Literatura Infantil brasileira no século XX e nela são destacados os principais contextos históricos vividos pela sociedade da época e também os principais autores e livros que fizeram parte da construção da educação neste século. 





Sílvia Cristina Fernandes Paiva & Ana Arlinda Oliveira

O presente artigo busca compreender as concepções de literatura infantil que fundamentam a prática dos professores na formação de alunos. Entendemos que o tratamento da Literatura Infantil visando somente à habilidade de leitura ou como veículo para instrução moral ou cívica torna-se inadequado para a formação de leitor literário. Pois, o bom leitor é aquele que envolvido numa relação de interação com a obra literária, encontra significado quando lê, procura compreender o texto e relaciona com o mundo à sua volta, construindo e elaborando novos significados do que foi lido. Só assim, a leitura pode contribuir de forma significativa numa sociedade letrada, no exercício da cidadania e no desenvolvimento intelectual.




Gomes, José António

O tema que me proponho tratar - as especificidades da literatura portuguesa para crianças e jovens - daria para anos de estudo e o seu tratamento adequado obrigaria a escrever não um mas vários livros. Acresce que "só poderemos compreender e bem definir uma literatura nacional em função da literatura universal "- é Jacinto do Prado Coelho quem o recorda (COELHO, 1977: 12)."Mas que sabemos nós da literatura universal? " - interroga-se o mesmo autor. Com mais legitimidade ainda, faço minha a pergunta, na impossibilidade de recorrer a um método comparativo ou a pesquisas anteriores sobre o assunto.





Lia Cupertino Duarte Albino

Que tipos de textos são classificados como pertencentes à literatura infantil? Por que essa designação? Qual sua origem? O que caracterizou o gênero ao longo de sua evolução? Qual o estado atual da questão? São esses alguns dos questionamentos a que esse texto se propõe. Adotando uma visão diacrônica perpassada por alguns cortes sincrônicos inevitáveis, nosso percurso se inicia na Europa do século XVIII com o fim da concepção medieval de organização da sociedade, momento em que a leitura destinada às crianças restringia-se aos clássicos épicos, e chega, no século XXI, ao Brasil, país marcado pela crescente crise de leitura.





António Quadros

Quem queira levar a cabo neste momento quaisquer estudos para a história do livro para crianças em Portugal depara com uma situação de quase total carência de instrumentos básicos de trabalho. Estão ainda por publicar bibliografias exaustivas dos autores portugueses com elementos elucidativos e merecedores de confiança; e assim faltam também as possíveis correcções que viriam certamente a lume pela participação de quem, possuidor de elementos dispersos, nunca os pôde integrar num trabalho mais vasto e convenientemente estruturado.




Fernando Rodrigues de Oliveira

Nesta comunicação, apresentam–se resultados parciais da pesquisa de mestrado em Educação, vinculada às linhas “Literatura infantil e juvenil” e “Formação de professores” do Gphellb – Grupo de Pesquisa “História do Ensino de Língua e Literatura no Brasil”, coordenado por Maria do Rosário Longo Mortatti. Com o objetivo de contribuir para a produção de uma história do ensino de Língua e Literatura no Brasil e, também, para a compreensão de um importante momento na história do ensino da literatura infantil e formação de professores, focaliza–se a proposta para esse ensino apresentada pela professora baiana Bárbara Vasconcelos de Carvalho (1915–2008) em “Compêndio de literatura infantil: para o 3º ano normal“, cuja 1ª edição foi publicada pela Companhia Editora Nacional (SP), em 1959. 





Ana Carolina Fraga Novo

Como designer mas, particularmente, como ser humano, vou dando conta do mundo que nos rodeia e do que, em pequenos gestos, poderíamos fazer para o tornar diferente. Torná-lo acessível a todos. Como ser humano e como profissional num mundo tão vasto e saturado como é o da comunicação, sinto-me na obrigação de procurar soluções, procurar quebrar com barreiras ainda existentes na nossa sociedade e com as quais alguns cidadãos se veem confrontados, todos os dias.





Ernesta Zamboni & Selva Guimarães Fonseca

O artigo aborda o desenvolvimento das noções do tempo histórico a partir das contribuições da literatura infantil. Como a linguagem literária ficcional, constitutiva do processo de formação da criança, contribui para a aprendizagem da temporalidade histórica nos primeiros anos de escolaridade? As autoras analisam a temática, tendo como referência a leitura de obras literárias, de ampla divulgação no universo da educação escolar brasileira.





Xênia Lacerda Cordeiro

Mostra a criação da comunicação impressa desde seus rudimentos, até atingir a literatura infantil. Vê esta literatura como criada para a criança e não pela mesma. Assim, considera-se uma atividade complexa, visto implicar em questões psicopolítico-sociais. Reflete que para a literatura infantil cumprir seu propósito de formar e informar, induzir e conduzir é necessário que haja o compromisso da indústria editorial para com a cultura, objetivando um produto mais bem elaborado, em termos gráfico-editoriais (arte gráfica). Bibliotecários, educadores, promotores de cultura são os intermediários entre o autor e o universo infantil sendo, portanto, responsáveis pela "criação" e "não criação" do leitor-criança - processo esse irreversível.






Lucila Bonina Teixeira Simões

O artigo tem por objetivo discutir dois conceitos fundamentais para a teoria e a crítica da literatura infantil: a concepção de criança sobre a qual se constroem as obras infantis e a função social atribuída à literatura infantil. O texto analisa como importantes teóricos da literatura infantil brasileiros trataram da questão e como as diferentes concepções de infância determinaram o percurso da literatura infantil no país.







Ana Paula Cantarelli; Evandra Oliveira Cardoso; Ronan Simioni

O presente trabalho teve como objetivo realizar pesquisa de campo sobre a importância da literatura no desenvolvimento infantil. Buscou-se aprofundar os conhecimentos sobre a importância da literatura na aprendizagem e no emocional da criança, tendo em vista a sua alta empregabilidade no meio escolar. Utilizou-se como método o descritivo exploratório através do conhecimento direto da realidade, onde os professores sujeitos da pesquisa forneceram as informações através de entrevistas semi-estruturadas. A análise dos dados foi feita por categorização, onde foram extraídos das falas dos professores os pensamentos principais e que mais se repetiram durante as entrevistas. 





Ângela Balça Universidade de Évora

Com o final do regime de ditadura em Portugal, em 1974 e, consequentemente, com a abertura do país ao exterior e com a abolição da censura, que deu origem de alguma forma a uma certa abordagem mais livre dos problemas em geral, criaram-se outras condições, para que surgissem novos autores de literatura infantil bem como se desenvolvessem esforços, iniciados já anteriormentei, para que houvesse um novo olhar e um novo entendimento sobre as questões da leitura e da literatura infantil.






Carmem Montes Paixão

Este trabalho resgata no capítulo inicial, um pouco da história da literatura infantil, e um pouco da vida de duas escritoras que sentem um enorme prazer em escrever para crianças. E que também tem suas histórias contadas nas Tendas Que Contam Histórias: A Pedagogia do Encantamento do Município de Mesquita. O trabalho visa analisar junto aos educadores, os desafios de despertar alunos leitores/escritores, e retrata os benefícios pessoais que a leitura pode proporcionar, como melhoria nos conhecimentos e nos valores. Também evidenciamos neste trabalho a importância de se iniciar este hábito desde o berço e da educação infantil, e como pais e professores podem estimular o hábito da leitura em casa, na sala de aula, e na biblioteca da escola.





Bárbara Vasconcelos De Carvalho

Nesta dissertação de mestrado, apresentam-se resultados de pesquisa vinculada às linhas “Literatura infantil e juvenil” e “Formação de professores” do Grupo de Pesquisa e dos Projetos Integrados de Pesquisa “História do Ensino de Língua e Literatura no Brasil” “Bibliografia brasileira sobre história do ensino de língua e literatura no Brasil (2003-2011) (CNPq), todos coordenados por Maria do Rosário Longo Mortatti. Com o objetivo de contribuir para a produção de uma história do ensino de língua e literatura no Brasil e contribuir para a compreensão da história da formação de professores e do ensino da literatura infantil no Brasil, enfoca-se, neste texto, a proposta para o ensino da literatura infantil apresentada em Compêndio de literatura infantil: para o 3º. ano normal (1959), de Bárbara Vasconcelos de Carvalho (1915-2008), publicado pela Companhia Editora Nacional (SP).





Ana Margarida Ramos & Eliane Debus

O artigo apresenta uma análise comparativa dos estudos teórico-críticos sobre literatura infantil e juvenil realizados no Brasil e em Portugal, a partir de três momentos: anos de 1960/1970, 1980/1990, 2000/2010, com o objetivo de mapear o seu desenvolvimento e refletir sobre as alterações, as continuidades e avanços verificados nestes períodos.










Rafiza Varão & Veronica Bemfica

A prática do jornalismo especializado para crianças hoje esconde raízes antigas, cujas diretrizes iniciais despontam juntamente com uma nova dimensão dada à primeira fase do desenvolvimento humano, sobretudo após o século XVIII: a infância. Contudo, não se pode afirmar com certeza que as primeiras publicações periódicas elaboradas para o público infantil constituíssem de fato jornalismo. Este artigo procura apresentar o surgimento da imprensa jornalística para crianças, bem como perceber de que maneira as primeiras publicações periódicas para o público infantil constituíam ou não produtos jornalísticos. Dessa forma, parte-se primeiramente de uma discussão sobre a própria emergência da categoria “infância”, para em seguida relacioná-la ao papel que a leitura adquiriu na formação das crianças e a subseqüente aproximação entre a produção jornalística e o público infantil, buscando compreender as características dessa produção em sua origem.





Ana Teresa Bento da Gama Prata

Este trabalho pretende centrar-se na obra Charlie and the Chocolate Factory, de Roald Dahl, analisando duas traduções portuguesas. O objectivo principal consiste em proceder ao levantamento de problemas de tradução, com base no critério se tratar de marcadores culturais, e, através da aplicação do modelo de Gideon Toury e dos conceitos de acceptability e adequacy, tirar conclusões relativamente às estratégias adoptadas pelas tradutoras das duas edições portuguesas. Será que dão preferência ao contexto de chegada, fazendo adaptações culturais ou lexicais com o objectivo de facilitar a leitura e a compreensão do leitor? Ou dão primazia ao texto de partida, trazendo a realidade cultural estranha até ao contexto de chegada? É esta a questão a que pretendemos dar resposta.



Democracia, cidadania e legalidade democrática: para que o voto não morra na urna!

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1. Nem so das urnas vive a democracia!

David Leite - diplomata
Num precedente artigo (o segundo desta série) referia-me à propagacão do sufrágio universal no mundo desde a queda do Muro de Berlim (1989), relevando porem uma evidência menos gratificante: nem sempre a democracia é transparente la onde se pratica.

Falhas? Haja em vista o conceito de democracia na mente daqueles que a proclamam: simples direito constitucional de votar e ser eleito? Assim é para muito boa gente, contentando-se com a (possibilidade de) alternância na governação. Silogismo redutor: vota-se, logo alterna-se – logo, ha democracia. E chamam a isso... exercício de cidadania!

Objecção! Pobre democracia se ficasse confinada a um vulgar cálculo aritmético consubstanciado nas urnas, em que simplesmente uns ganham e outros perdem! CIDADANIA, é bem mais do que isso: é o que faz a diferença entre o acto de votar e um ideal de justiça e liberdade que se projecta, para lá do encerramento das urnas urnas, na igualdade de direitos e oportunidades para todos os filhos da Nação.

Por isso, democrata que se preze não se satisfaz com cálculos e critérios puramente eleitoralistas!

2. Os votos não justificam os meios!  

Democracia é cidadania sim senhor!, quando valores e princípios universais preexistem às urnas e lhes sucedem; ética e respeito no exercício da política, que que não se esgotam em eufóricos discursos de campanha mas se reflectem na acção governativa. Assim, o comportamento vis-à-vis do fenómeno eleitoral não reflecte apenas as ambições, mas sobretudo a ética, de cada um: é o que faz a diferença entre vontade de servir e vanglória de mandar; entre candidatos abnegados e interesseiros arrivistas – desses que vêm no Poder uma caverna de Ali Babá, e no voto um simples “césamo” para entrar nela!

Se a democracia se exprime através do voto, outra coisa é a legalidade democrática. Para que esta transpareça das urnas, o civismo republicano que se espera dos cidadãos não dispensa a responsabilidade tutelar e jurídica do Estado. Emana essa responsabilidade do sacrossanto princípio da separação de poderes e da independência da Justiça... se todavia o Estado/Governo for capaz de se abstrair do(s) partido(s) em que assenta a sua soberania. Uma justiça imparcial (e despartidarizada) habilita-se a inquirir com isenção num processo eleitoral com indícios evidentes de corrupção: denúncias de fraude, financiamentos ilícitos, manda investigar! Queixas por ultrage, manda indagar: se ha culpados, sanções! Se ha calúnia, reparação em juízo para as vítimas! Dinheiros de narcotráfico a financiar campanhas, não é uma acusação anódina numa democracia digna desse nome. Um Estado de direito democrático combate a miséria, não permite tirar proveito dela, comprando ou subornando a consciência de pobres coitados para ganhar votos! E não deixa “votar” os mortos! Uma democracia assombrada por votos “fantasmas”, só os seus “mediums” a podem invocar – e tirar proveito dela!

3. Boletim de voto não é cheque em branco!

Mais uma análise simplista e enviesada: não é porque venceu, incólume, o desafio das urnas que a democracia está fora de perigo! Infelizmente, eleições exemplares e transparentes nem sempre constituem garantia de que ela não ha-de morrer sacrificada a ditames clientelares e nepotistas! Ou então, “vendida” ao grande capital (não é raro no Ocidente dito “democrático”), por isso ao seu serviço e talhada à medida de suas ganâncias... desmedidas.
Por isso, o verdadeiro desafio, o mais exaltante, não é o das urnas mas aquele que começa no “day after”. É digno desse desafio o Eleito que vir no boletim de voto um compromisso com a Nação, e não um cheque em branco que possa preencher a seu bel-prazer! Nem moeda de troca com que haja de saldar dívidas, recompensar favores de bastidores e privilegiar confrades. Nobre desafio esse, que implica resistir à tentação de sujeitar o cidadão a fidelidades partidárias!
Assim, mesmo o mais votado dos eleitos não ha-de de estribar-se no mandato – temporário! – das urnas para o açambarcar em proveito de alguma elite ou grupo. Não numa sociedade que dá voz e espaço à livre expressão – por isso evoluída, por isso esclarecida, de cariz democrático.
Mas uma sociedade democrática digna desse nome não se contenta com espairecer-se no debate aberto e na livre confrontação de ideias e opiniões. Uma sociedade democrática leva o selo da CIDADANIA, traduzida na igualdade que emana do respeito pela diferença: igualdade de direitos e oportunidades segundo o mérito de cada um, abstração feita de convicções e credos individuais.

O Eleito que se mostrou à altura do desafio da cidadania, terá compreendido que o melhor voto não é o das urnas, mas a consideração e o reconhecimento das pessoas que o elegeram!

Debate democrático? Muito bem! Mas sem o selo da cidadania, pouco importa a liberdade de expressão e de consciência ! Tudo isso será pura demagogia se se onerar de discriminações sibilinas, com repercussão no emprego, na carreira ou no trato. A própria democracia rima com demagogia quando o próprio poder político, em vez de unir os cidadãos, os opõe e os discrimina: haja em memória a nossa própria vivência como Nação independente, que por maniqueismos políticos nasceu dividida, e ainda hoje carrega o fardo deste pecado original! 

Num Estado de direito democrático não há “melhores filhos” em título – nem melhores netos, nem “filhos de fora”! Há sim, como em qualquer país, patriotas sinceros e oportunistas, profissionais competentes e aproveitadores, gente honesta e gente velhaca. Os que aspiram à governança ou vivem dela, nem por isso são “melhores”, nem mais patriotas, do que aqueles que se contentam com o seu trabalho! Uns simplesmente trabalhando, outros no exercício ou na disputa do Poder, outros desinteressadamente escrevendo e opinando (e sofrendo as consequências), cada qual contribui como pode para uma democracia mais esclarecida e mais... “cidadã”.

Na batalha das urnas, o Povo soberano sabe discernir... mas o seu voto merece respeito! Para que a democracia não morra nas urnas, nem viva assombrada por votos “fantasmas”!

Mantenhas da terra-longe, 20 de outubro 2014

David Leite

Lista completa dos livros para infância de Cabo Verde

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Depois de muito tempo e dedicação consegui fazer a maior e mais completa lista das publicações infanto-juvenis em Cabo Verde. A lista inclui livros, revistas, livros-CD e publicações de contos em revistas voltados para a infância e dentro do contexto cabo-verdiano.

Da minha pesquisa encontrei uns dados interessantes e que agora partilho convosco:

- A primeira publicação para o público infanto-juvenil poderá ser atribuída a Baltasar Lopes da Silva se considerarmos "Infância", publicada como extrato no primeiro número da Revista Claridade, em 1936. Posteriormente, "Infância" seria integrado no capítulo 24 do livro "Chiquinho", primeiro romance caboverdeano, curiosamente, ele mesmo uma obra sobre uma personagem juvenil.

- Outro autor nacional de renome (e que fez parte do período denominado claridoso) a publicar na vertente juvenil é Teixeira de Sousa que edita "Dragão e Eu", em 1945. Na estória, todo o enredo gira à volta de um menino que a pouco e pouco foi crescendo até que um dia, por vontade do pai, parou de estudar para cuidar dos negócios da família. 

- Em termos de representação por género nesta listagem é possível identificar 38 autoras e 32 autores de texto, para um total de 70 autores com publicações no género infanto-juvenis em Cabo Verde. 

- Em relação às ilustrações, temos 43 ilustradores e apenas 24 ilustradoras, num total de 67 autores de ilustrações nas publicações no género infanto-juvenis.   

- Existem seis autoras que são também ilustradoras dos seus livros: Luisa Queirós; Leopoldina Barreto; Mizé Costa; Graça Matos Sousa, Ivete Santos e Ana Maria Carvalho Furtado.

- Por outro lado, apenas três homens escrevem e fazem as ilustrações dos seus livros: Leão Lopes, Cesar Silva e Óscar Silva.

- A mulher com mais livros ilustrados é Luisa Queirós com três obras.

- Aires Semedo parece ser o ilustrador com mais trabalhos mas ainda não pude confirmar.

Coloquei os autores por ordem alfabética. Se tiveres alguma sugestão ou observação podes comentar que respondo. Abraço literário.





Aires Semedo 



Título: Prispinhu 
Autor: Antoine de Saint-Exupéry 
Tradução: Nicolas Quint & Aires Semedo 
Ano: 2013 
Ilustração: Antoine de Saint-Exupéry 
Editora: Tintenfass (Alemanha)

Título: Gó ki pórka dja torsi rábu 
Autores: Aires Semedo; Nicolas Quint; Fátima Ragageles 
Ano: 2008 
Ilustração: Agathe Pitié 
Editora: L'Harmattan

Título: Lobu ku Xibinhu ku Nhordhés  
Autores: Aires Semedo; Nicolas Quint & Laurent Quint 
Ano: 2005 
Ilustração: Mito Elias 
Editora: L'Harmattan



Título: Lobu, Xibinhu ku nha Tia Ganga   
Autores: Nicolas Quint, Laurent Quint e Mito Elias 
Ano: 2005 
Ilustração: Mito Elias 
Editora: L'Harmattan





Ana Maria Carvalho Furtado 




Título: Estória de Palmo e Meio  
Autora: Ana Maria Carvalho Furtado 
Ano: Setembro 2015
Ilustração: Ana Maria Carvalho Furtado 
Editora: Instituto do Património Cultural 





Ana Maria Magalhães & Isabel Alçada




Título: Uma Aventura nas Ilhas de Cabo Verde  
Autoras: Ana Maria Magalhães & Isabel Alçada 
Ano: 1990 
Ilustração: Arlindo Fangundes
Editora: Caminho





António Luis Rodrigues 



Título: Minguim, o Pirata 
Autor:António Luis Rodrigues 
Ano: 2003 
Ilustração: Zé Leopardo 
Editora: Biblioteca Municipal do Mindelo





Armindo Martins Tavares



Título: As Aventuras de Nhu Lobo - Trabesuras di Nhu Lobu 
Autor: Armindo Martins Tavares 
Ano: 2006 
Ilustração: 
Editora:







Baltasar Lopes da Silva 



Título: Infância (extrato de "Chiquinho")
Autor: Baltasar Lopes da Silva 
Ano: 1936 
Ilustração: 

Editora: Claridade - Nº1




Carlos Araújo 


Título: SOLRAC no Planeta Terra 
Autor: Carlos Araújo 
Ano: 2015 
Ilustração: Nathalie Melo 
Editora: Autor e Editora Calabedotche - S. Vicente






Carmelinda Gonçalves 




Título: O Pirilampo e a Libélula 
Autor: Carmelinda Gonçalves Abu-Raya 
Ano: 2013 
Ilustração: Rogério Rocha 
Editora: Instituto da Biblioteca e do Livro - Praia

Título: O ET 
Autora: Carmelinda Gonçalves Abu-Raya 
Ano: 2015 
Ilustração: Daniela Piolini 
Editora:

Título: O Espantalho 
Autora: Carmelinda Gonçalves Abu-Raya
Ano: 2015 
Ilustração: Euller Marinho 
Editora:



Título: Bullying 
Autora: Carmelinda Gonçalves Abu-Raya 
Ano: 2016 
Ilustração: Ines Massano 
Editora:





Celina Pereira 


Título: Estória, estória 
Autora: Celina Pereira 
Ano: 2005  
Ilustração: Claudia Melotti 
Editora:





Cesar Silva 


Título: MACELA de S. Nicolau 
Autor: Cesar Silva 
Ano: 
Ilustração: Cesar Silva  
Editora: Secretariado Executivo para o Ambiente (Praia)


Título: O meu amigo Monte Verde 
Autor: Cesar Silva 
Ano: 2002 
Ilustração: Cesar Silva 
Editora: Secretariado Executivo para o Ambiente (Praia)





Claudio Comini & Orazio Minneci 


Título: Tropico delle ombre 
Autores: Claudio Comini & Orazio Minneci 
Ano: 2004 
Ilustração: 
Editora: Disney Avventura






Dai Varela 


Título: A fita cor-de-rosa  
Autor: Dai Varela 
Ano: 2014 
Ilustração: Rogério Rocha
Editora: Autor




Dina Salústio

Título: A Estrelinha TLIM TLIM  
Autora: Dina Salústio 
Ano: 1998 
Ilustração: Júlio Resende
Editora: Instituto Camões - Centro Cultural Português Praia-Mindelo








Título: O que os olhos não vêem 
Autoras: Dina Salústio & Marilene Pereira 
Ano: 2002 
Ilustração: Malik Spencer Lima; Aquiles Pina Oliveira & Ayres Melo
Editora: Instituto Camões - Centro Cultural Praia-Mindelo







Evelinda Ferreira 


Título: Quando eu for grande... Peripécias em Cabo Verde 
Autora: Evelinda Ferreira  
Ano: 2010 
Ilustração: João Ferreira 
Editora: Autor e Guerra e Paz, Editores (Portugal)





Fátima Bettencourt



Título: A Cruz de Rufino   
Autora: Fátima Bettencourt  
Ano: 1997 
Ilustração: Filipe Alçada
Editora: Embaixada de Portugal em Cabo Verde





Fernando Vale



Título: Histórias Portuguesas e Cabo-verdianas para as Crianças   
Autor: Fernando Vale  
Ano: 2004 
Ilustração: Dorindo Carvalho
Editora: Instituto Piaget






Florizanda Delgado Porto



Título: O Melhor Amigo   
Autor: Florizanda Delgado Porto  
Ano: 2015 
Ilustração: Marca Crioula
Editora: Pedro Cardoso Editora





Giselle Neves 


Título: Marianinha  
Autora: Giselle Neves 
Ano: 2010 
Ilustração: Tchalé Figueira 
Editora: Instituto Camões - Centro Cultural Português Praia






Graça Matos Sousa 


Título: O Caracol Julião 
Autora: Graça Matos Sousa 
Ano: 2001 
Ilustração: Graça Matos Sousa 
Editora: Instituto Camões - Centro Cultural Português Praia Mindelo



Título: O Monstrinho da Lagoa Rosa 
Autora: Graça Matos Sousa  
Ano: 2001 
Ilustração: Graça Matos Sousa 
Editora: Instituto Camões - Centro Cultural Português Praia




Helena Centeio 



Título: Stória, Stória - Contos tradicionais de Cabo Verde - ilha do Fogo  
Autora: Helena Centeio 
Ano: 2014 
Ilustração: 
Editora: Chiado (Portugal)




Hermínia Curado Ferreira 


Título: Estórias de Encantar 
Autora: Hermínia Curado Ferreira  
Ano: 2000 
Ilustração: Claudino Miranda Teixeira 
Editora: Instituto da Biblioteca e do Livro (Praia)


Título: A Magia das Palavras 
Autora: Hermínia Curado Ferreira 
Ano: 2003 
Ilustração: Claudino Miranda Teixeira 
Editora: Instituto da Biblioteca e do Livro (Praia)





Humberto Lima 


Título: Un bes tinha Nhu Lobu ku Xibinhu 
Autor: Humberto Lima  
Ano: 2000 
Ilustração: 
Editora: Instituto Nacional de Investigação Cultural

Título: Un bes tinha Nho Lobu ku Tubinhu 
Autor: Humberto Lima  
Ano: 2000 
Ilustração: Aires Melo 
Editora: Instituto Nacional de Investigação Cultural







Ineida Kénia Brito 


Título: Princesa Laginha 
Autora: Ineida Kénia Brito 
Ano: 2003
Ilustração: 
Editora: Biblioteca Municipal de São Vicente





Ivete Livramento Santos 



Título: História de Cabo Verde - A tartaruga Luana e a Passarinha Luna  
Autora: Ivete Livramento Santos  
Ano: 2011
Ilustração: Kevin Melo & Ivete Santos 
Editora:






Ivone Aida




Título: Mam Bia tita contá estória na criol  
Autora: Ivone Aida
Ano: 2009 
Ilustração:
Editora: Autora









Título: Futcera ta cendê na rotcha  
Autora: Ivone Aida
Ano: 2000 
Ilustração:
Editora: Autora





J.J.R. Pires, John Hutchison, Ulisses Goncalves



Título: Kuza-ma-kuza? : (Cape Verdean children’s riddles)  
Autores: J.J.R. Pires, John Hutchison, Ulisses Goncalves
Ano: 2008 
Ilustração:
Editora: Praia ; Boston : Funkul No Lobu ; Mother Tongue Press



Jean-Yves Loude 



Título: Le fantôme du bagne  
Autor: Jean-Yves Loude
Ano: 2006 
Ilustração: Alex Godard 
Editora: Magnard


Título: Le fantôme du bagne  
Autor: Jean-Yves Loude
Ano: 2003 
Ilustração: Alex Godard 
Editora: MAgnard






João Lopes Filho 


Título: O Gatinho Medroso 
Autor: João Lopes Filho
Ano: 2012 
Ilustração: Rogério Rocha 
Editora: Ilhéu Editora


Título: Vamos Conhecer Cabo Verde 
Autor: João Lopes Filho 
Ano: 1998 
Ilustração: Óscar Alves 
Editora: Ilhéu Editora







Título: Vamos Conhecer Cabo Verde 
Autor: João Lopes Filho 
Ano: 1998 
Ilustração: David Levy Lima 
Editora: Ministério da Educação. Secretariado Coordenador dos Programas de Educação Multicultural





Jorge Araújo 



Título: Comandante Hussi 

Autor: Jorge Araújo 

Ano: 2003 

Ilustração: Pedro Sousa Pereira
Editora: Quetzal Editores/Bertrand Editora, Lda







Título: Cinco Balas Contra a América  

Autor: Jorge Araújo 

Ano: 2007 

Ilustração: Pedro Sousa Pereira 

Editora: Oficina do Livro






Título: Cinco Balas Contra a América  

Autor: Jorge Araújo 

Ano: 2009 

Ilustração: Pedro Sousa Pereira 

Editora: 34





Jorge Octávio Soares Silva 


Título: Aventuras de Chibim e Tilobo- 1- A família do CHIBIM 
Autor: Jorge Octávio Soares Silva  
Ano: 1995 
Ilustração: Domingos Luísa 
Editora: Ed. Horizonte, Lda






Leão Lopes 


Título: Capitão Farel 
Autor: Leão Lopes 
Ano: 2006
Ilustração: Joana CAmpante
Editora: Ponto & Vírgula


Título: UNINE 
Autor: Leão Lopes 
Ano: 1998
Ilustração: Leão Lopes 
Editora: Instituto Camões


Título: A História de Blimundo 
Autor: Leão Lopes 
Ano: 1982 
Ilustração: Leão Lopes
Editora: Instituto Camões


Título: A História de Blimundo  
Autor: Leão Lopes 
Ano: 1982 
Ilustração: Leão Lopes 
Editora: Autor






Leopoldina Barreto 



Título: A Ilha do Rei Titão 
Autora: Leopoldina Barreto 
Ano: 2000
Ilustração: Leopoldina Barreto 
Editora: Autora





Luísa Queirós 



Título: SAARACI o último gafanhoto do deserto 
Autora: Luísa Queirós 
Ano: 1998 
Ilustração: Luísa Queirós 
Editora: Instituto Camões (Mindelo)



Título: As Ilhas da Outra Face da Lua 
Autora: Luísa Queirós 
Ano: 1992 
Ilustração: Luísa Queirós
Editora: ASA





Mana Guta 



Título: Outras Pasárgadas de mim  
Autora: Mana Guta 
Ano: 2014  
Ilustração: 
Editora:





Manuel Bonaparte Figueira 



Título: Narrativas e Contos Cabo-verdianos 
Autor: Manuel Bonaparte Figueira 
Ano: 1968 
Ilustração: M. Figueira 
Editora: Autor






Margarida Brito 



Título: Canções Infantis 
Autora: Margarida Brito 
Ano: 1991? 
Ilustração: Luisa Queirós 
Editora: Instituto Cabo-verdiano do Livro e do Disco (Praia)






Marilene Pereira 

   
  Título: Aventuras na Cidade Velha  
Autora: Marilene Pereira 
Ano: 2008 
Ilustração: Dudú e Vla 
Editora: UNESCO


Título: O que os olhos não vêem 
Autoras: Marilene Pereira & Dina Salústio 
Ano: 2002 
Ilustração: Malik Spencer Lima; Aquiles Pina Oliveira & Ayres Melo 
Editora: Instituto Camões - Centro Cultural Praia-Mindelo


Título: 1, 2, 3  
Autora: Marilene Pereira 
Ano: 2002
Ilustração: Ivan Silva
Editora: Instituto da biblioteca Nacional


Título: Meus Vizinhos Passarinhos 
Autora: Marilene Pereira 
Ano: 2011 
Ilustração: Renato Athayde
Editora: Instituto da Biblioteca e do Livro (Praia)


Título: Bentinho Traquinas 
Autora: Marilene Pereira 
Ano: 2000
Ilustração: Ivan Silva
Editora: Instituto da Promoção Cultural (Praia)






Título: Dona Sani  
Autora: Marilene Pereira 
Ano: 
Ilustração:
Editora:






Maria José "Mizé" Costa 




Título: Histórias que eu contei e Poemas 
Autora: Mizé Costa 
Ano: 1996 
Ilustração: Maria José Costa 
Editora: Instituto Cabo-verdiano do Livro e do Disco (Praia)





Muriel Bloch 

Título: La dernière colère de Sarabuga 
Autor: Muriel Bloch 
Ano: 2005
Ilustração: Aurélia Grandin 
Editora: Editoriale Lloyd (Itália)




Título: un conte du Cap Vert ; la dernière colère de Sarabuga  
Autor: Muriel Bloch  
Ano: 2012 
Ilustração: Aurélia Grandin 
Editora: Gallimard Jeunesse



Natacha Magalhães 


Título: Sete contos ao luar e Outras estórias 
Autora: Natacha Magalhães  
Ano: 2014 
Ilustração: Alberto Fortes & Jaime Mosso Magalhães 
Editora: Sotavento (Praia)


Título: Mãe, conta-me uma história 
Autora: Natacha Magalhães  
Ano: 2009 
Ilustração: Jaime Magalhães & Carlos de Pina 
Editora: Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro






Orlanda Amarílis 


Título: A Tartaruguinha 
Autora: Orlanda Amarílis  
Ano: 1997 
Ilustração: Filipe Alçada
Editora: instituto Camões - Centro Cultural Português (Mindelo)

Título: Facécias e Peripécias 
Autora: Orlanda Amarílis  
Ano: 1990 
Ilustração: Avelino Rocha 
Editora: Porto Editora (Portugal)







Título: Folha a Folha  
Autora: Orlanda Amarílis & Maria Alberta Menéres  
Ano: 1987 
Ilustração:  

Editora: 






Óscar Alves 


Título: A Fuga - estória em banda desenha
Autor: Óscar Alves 
Ano: 1999?
Ilustração: Óscar Alves 
Editora: Cáritas - S. Vicente



Título: O namoro - estória em banda desenhada 
Autor: Óscar Alves 
Ano: 1999 
Ilustração: Óscar Alves 
Editora: Geração Nova (O - S. Vicente)





Jean Van Hamme


Título: Largo Winch 1 - ARDERU 
Autor: Jean Van Hamme 
Tradutores: Philippe Francq & Aires Melo 
Ano: 2012 
Ilustração: Philippe Francq 
Editora: POLVO (Portugal)


Título: Largo Winch 2 - GRUPO W 
Autor: Jean Van Hamme 
Tradutores: Philippe Francq & Aires Melo 
Ano: 2012 
Ilustração: Philippe Francq 
Editora: POLVO (Portugal)






Raphaëlle Bergeret



Título: Enfants de l'Atlantique - de Madère au CAp-Vert  
Autor: Raphaëlle Bergeret 
Ano: 1999 
Ilustração: Fleur de Lampaul
Editora: Fleur de Lampaul





Teixeira de Sousa




Título: Dragão e Eu 
Autor: Teixeira de Sousa 
Ano: 1945 
Ilustração:
Editora:





Zaida Sanches 


Título: A greve dos animais 
Autora: Zaida Sanches 
Ano: 2009
Ilustração: 
Editora:


Título: A princesa do mês de Agosto 
Autora: Zaida Sanches 
Ano: 2009 
Ilustração: 
Editora:



Título: A sopa da beleza 
Autora: Zaida Sanches 
Ano: 2009 
Ilustração: 
Editora:



Título: O reino das rochas 
Autora: Zaida Sanches  
Ano: 2009 
Ilustração: 
Editora:






Girassol - Revista Infantil
Ano: 1979















Chibinho - Revista Infantil
Ano: 1979
Editora: Ministério da Educação e Cultura
























As mãozinhas da criança
Ano: 2005
Ediora: Câmara Municipal de São Vicente












Multiculturalidade e Plurilinguismo
Tradição oral e educação plurilingue na África do Oeste













Cabo Verde visto pelas crianças
Ano: 1980
Editora: PLÁTANO








Lobu ku Xibinho
Ano: 2009
Texto: Eurico Fernandes & Mário Tavares
Ilustração: Mário Tavares
Correção: Marciano Moreira
Editora: IMAJEM (Praia)







Conceitos de Comunicação Política [Sugestão de livro]

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A Comunicação Política abrange áreas teóricas e práticas e quando ao serviço da transmissão da mensagem política então adquire uma vital importância. Este livro discute vários conceitos e ideias nesta área que vale a pena a leitura de "Conceitos de Comunicação Política", organizado por João Carlos Correia, Gil Baptista Ferreira & Paula do Espírito Santo.

No imediato, este livro obedece a quatro inquietações fundamentais que motivaram os seus organizadores:


a) Dar uma visão do “estado da arte” no que respeita à reflexão sobre a Comunicação Política no âmbito da comunidade académica, especialmente aquela que se encontra próxima ou completamente inserida nos Cursos de Ciências da Comunicação. Não pretende pois, dar expressão da totalidade da comunidade académica que aqui se não reflecte.
b) Dar uma visão do trabalho levado a efeito pelo Grupo de Trabalho da Sociedade Portuguesa de Comunicação; o qual é a expressão institucional dos laços que unem a comunidade de investigadores referidos em a). Nesse sentido, assinalamos que, apesar da fluidez das relações e do empenhamento voluntarista que reside por detrás deste grupo de pesquisa, este grupo já organizou cinco jornadas e deu origem a três volumes de investigação, para além de ter promovido, coordenado e dinamizado as discussões que se produzem no seio do campo em torno dos Congressos da Sociedade Portuguesa de Comunicação.

c) Servir de dinamizador para que mais estudos apareçam. Fazer ciência é fazer escola e essa escola traduz-se e é mensurada, cada vez mais, em publicações, eventos e organizações.

d) Dar um instrumento de conhecimento sistemático, arrumando de forma simples, não exaustiva, alguns conceitos fundamentais. A vastidão do campo e a sua interdisciplinaridade não autorizam tentativas imperialistas de sistematização total. Por isso, um livro é uma espécie de balanço de um percurso e não a expressão final de um saber definitivo. Este livro pretende chegar à cabeceira, às estantes, às pastas e às sacolas de todos, sejam estudantes ou professores que, pelas mais variadas razões, sintam qualquer forma de curiosidade em relação ao campo. Não pretende ser a resposta para todas as dúvidas mas ficará sem dúvida satisfeito se conseguir dissipar algumas e produzir vontade de prosseguir no esclarecimento de outras.

Para baixar o livro da minha conta click aqui





REpensar as Políticas Culturais [Sugestão de livro]

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Este documento inclui informações sobre a forma que os países estão a integrar a cultura nas suas políticas públicas e pretende também ser um apoio aos países para a avaliar objetivos, resolver questões políticas e desenvolver novas medidas capazes de satisfazer as demandas e as necessidades das pessoas.

O Relatório "RE|PENSAR AS POLÍTICAS CULTURAIS" lançado pela UNECO é considerado um marco no avanço da pesquisa em políticas culturais em todo o Mundo. 

Podem ser encontradas propostas de indicadores de mudança e progresso na área da cultura num trabalho de mais de 14 especialistas independentes que analisaram a implementação da Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais.

Para baixar o Relatório click aqui

Voto em branco: políticos e eleitores em lados opostos?

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Vou voltar falar do valor do voto em branco e usar o caso de São Vicente porque foi nesta ilha que os dois partidos derrotados nas Eleições Autárquicas de 2016 interpuseram, em separado, recurso de contencioso eleitoral no Tribunal Constitucional e perderam o caso. E com isso vou tentar entender se os partidos políticos e os eleitores têm concepções diferentes acerca do que fazer com o voto em branco

Vamos por partes para tentar compreende a situação.

Nas Eleições Autárquicas de 20 de Março de 2016, o resultado da votação para a Câmara Municipal de São Vicente (CMSV) ficou assim:



Como podem reparar, o MPD ficou com todas as posições de vereadores disponíveis na CMSV. Como canta os Abba, "The Winner Takes It All". Isto apesar de as outras formações políticas terem milhares de votos. 

Para se entender o porquê disso é preciso saber como são escolhidas as candidaturas. Em Cabo Verde são aplicados dois critérios de eleição:

Sistema eleitoral maioritário: Presidenciais (a duas voltas) e presidente da Câmara Municipal (a uma volta, conquistando todos os mandatos a lista que obtiver a maioria absoluta dos votos válidos; não havendo maioria absoluta, usa-se o sistema de representação proporcional); 

• e Sistema de representação proporcional: Legislativas e Autárquicas (membros da Assembleia Municipal). 

Isto é o que estipula o Código Eleitoral no seu Artigo 433º (Critério de eleição):

1. A conversão dos votos em mandatos para o órgão deliberativo municipal faz-se em obediência ao método de representação proporcional correspondente à média mais alta de Hondt, nos termos aplicáveis á eleição dos deputados. 

2. A conversão dos votos em mandatos para o órgão executivo colegial municipal, faz-se nos termos do nº1, salvo se uma das listas concorrentes obtiver a maioria absoluta dos votos validamente expressos, caso em que lhe será conferida a totalidade dos mandatos.

Como podem reparar, para o presidente da Câmara Municipal, basta que tenha a maioria absoluta para ficar com todos os vereadores.

Lembrando que o voto em branco não é levado em conta nem no apuramento parcial:
Não contam, porém, para o apuramento parcial, os votos em branco. Nº8 do Artigo 227º do CE (Contagem dos votos).

Ora, se os votos em brancos não são levados em conta, o MPD alcança a maioria absoluta com 48,97 porcentos do total dos votos. Significa que leva todos os vereadores (ter em conta o Artigo 433º do CE). 

Lembrando que a maioria absoluta é entendida como mais de metade dos votos validamente expressos. Reparem que em São Vicente, com seus 26935 votos totais, para ser "mais de metade" a candidatura vencedora teria que alcançar 13468 votos. Contudo, nesta eleição o MPD conseguiu 13191 votos. Então porquê foi-lhe declarada a maioria absoluta? Isto porque mesmo quando são somados os resultados dos outros dois partidos (UCID com 28,28% e PAICV com 20,07%) o MPD continua na frente.

Partidos derrotados (UCID+PAICV) - 48,35%
MPD - 48,97%

O entendimento é de que o MPD tem maioria absoluta porque, apesar de não atingir 50% dos votos validamente expressos, tem mais votos do que a soma das outras duas candidaturas, o que é uma espécie de maioria absoluta.

Um história que podia ter sido diferente

Caso os recursos contenciosos eleitorais dos dois partidos derrotados não tivessem sidos considerados improcedentes pelo Tribunal Constitucional, o MPD não teria maioria absoluta e seria necessário aplicar o Método d’Hondt para se distribuir os vereadores. Vamos lá ver como seria escrita a história nesta versão.

Acatando a exigência de que os votos em brancos são validamente expressos e por isso devem entrar na contagem, teremos uma outra questão a resolver: como distribuir esses 469 votos pelos três partidos? 

Bom, eu vou fazer a distribuição assim: dividir 469 por três para ficar assim:
  • MPD – 156
  • UCID – 156
  • PAICV – 157
Notaram que o PAICV ficou com um voto a mais? Basicamente, é uma espécie de aplicação de uma das regras do Método d’Hondt que diz que em caso de empate o lugar (neste caso o voto em branco) é atribuído ao partido menos votado. 

Então, colocando a hipótese de serem admitidos os votos em brancos e sua distribuição pelos partidos, teríamos uma situação assim após a aplicação do Método d’Hondt nos resultados em São Vicente:



Notem que apenas estarão em disputa 8 mandatos de vereadores porque o presidente da Câmara Municipal seria Augusto Neves por ser o cabeça-de-lista do partido mais votado. Assim, o MPD teria 4 vereadores + o presidente da Câmara Municipal, a UCID 2 vereadores e o PAICV também 2 vereadores.

Agora dá para ver o porquê dos recursos de contenciosos eleitorais apresentados no Tribunal Constitucional pelos dois partidos derrotados. Das suas leituras, passariam de zero para dois vereadores na CMSV. Com uma possível aliança pós-eleição teriam o mesmo número de vereadores que o MPD. Porém, não foi esse o entendimento da Assembleia de Apuramento Geral e nem do Tribunal Constitucional.

Voto em branco: partidos políticos e eleitores em lados opostos
Apesar do esforço dos derrotados, o acórdão do Tribunal Constitucional não considerou procedente o recurso e manteve a decisão da Assembleia de Apuramento Geral de São Vicente. Com isso algumas pessoas levantaram suas vozes para reclamar que o TC estava a “retirar” valor ao voto em branco (como se fosse possível retirar algo que nunca teve). Contudo, tenho uma leitura diferente acerca deste acórdão deste tribunal superior. Entendo que com esta decisão o TC colocou-se ao lado dos eleitores. Explico porquê:

Pelo que entendo há uma diferença nas reivindicações dos partidos e nas dos eleitores em relação ao voto em branco. Reparem que os partidos querem que o voto em branco seja contabilizado enquanto o eleitor quer que o voto em branco seja tido em conta. Creio que aqui que reside a diferença: os eleitores que votam em branco querem que isso seja entendido como uma decisão de não concordar com nenhuma das propostas; os partidos políticos não se importam que se vote em branco, desde que na contagem estes sejam incluídos no apuramento. Dá para ver a diferença? 

O que o TC decidiu foi que, se o eleitor não quis nenhuma das listas, porque seria a Assembleia de Apuramento Geral a distribuir esses votos aos partidos? A pergunta agora seria, qual o valor do voto em branco quando no final ele é atribuído a um partido?

Por isso que afirmo que os eleitores e os partidos políticos têm reivindicações diferentes quanto ao voto em branco. E esse acórdão do TC é apenas uma meia vitória dos eleitores porque apenas confirmou-se que os votos em branco não podem ser distribuídos pelos listas concorrentes. Agora faltará o próximo passo que seria dar um peso político a essa forma de votar, ou seja, alcançar algo parecido com o sistema eleitoral da Colómbia que determina que a votação deve ser repetida apenas uma única vez, a fim de eleger de forma mais democrática os funcionários públicos, quando os votos em branco constituem a maioria de todos os votos válidos. E, melhor ainda, nenhum dos candidatos que lá estava poderá se apresentar na reeleição.

Enquanto isso, o voto em branco continuará a ter uma espécie de “utilidade negativa” porque é um voto que não expressou validamente sua opção numa candidatura, retirando um bem ou felicidade a um partido ou candidato. 

Para aqueles que optaram nas Eleições Presidenciais por votar em branco, convido a ler este outro artigo:

Oficina: Fazendo o Chrome e o Google trabalharem para o Profissional de Comunicação Social

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E para não perder a prática e me manter atualizado, estive numa pequena oficina com alguns dos alunos dos cursos de Licenciatura em Comunicação e Licenciatura em Design da Universidade Lusófona de Cabo Verde - Pólo da Praia para falarmos sobre Como o profissional de Comunicação Social pode fazer o GOOGLE e o CHROME trabalharem para ele.

Sala de Computadores da Universidade Lusófona com os alunos na Oficina sobre Google e Chrome
Sala de computadores da Universidade Lusófona com os alunos na Oficina sobre Google e Chrome


O início serviu para dar uma pincelada sobre a evolução da internet e do telefone/telemóvel em Cabo Verde para terem uma ideia do mercado nacional;


Quanto a parte mais prática, estivemos a conhecer um pouco sobre as Configurações do navegador Chrome (após a criação de uma conta Google);

Organização dos Marcadores para guardar os sites favoritos de forma simples;

Limpeza do histórico para não deixar rastros da navegação e eliminar Cookies;

Como trabalhar no modo de navegação em privado ou navegação anónima;

Em termos de Extensões para o Chrome, apresentei-lhes 12 opções de extensões e ferramentas e suas funções que podem auxiliar a tarefa digital do profissional de Comunicação Social;

Do motor de busca falamos sobre o Índice do Google, a "cópia da internet" feita pelo Google em seus servidores e indexada de forma a disponibilizar por ordem de relevância as buscas realizadas pelos seus usuários. 

Falamos sobre a opção útil para Jornalistas referentes ao Em cache para verificar mudanças nos conteúdos capturados mais recentes após a passagem do GOOGLEBOT pela página ou acessar informações de sites fora do ar. 

Falamos sobre os Robots, também conhecidos como "indexadores", "bots" ou "crawlers", nomeadamente os robots do Google que são chamados de Googlebot, os robots do Bing, conhecidos como Bingbot e os robots do Yahoo, os Yahoobot ou Yahoo! Slurp.

Abordamos algumas dicas e truques para melhorar a pesquisa no Google para tornar os resultados mais refinados, seja pelo uso de delimitadores, seja pela Web Semântica;

As informações que o Google (ou qualquer outro serviço da empresa) guarda de cada usuário estiveram em discussão. Aproveitamos para entender como apagar a atividade guardadae as informações indesejadas da conta pois o Google guarda um histórico que inclui todos os comandos de voz enviado ao dispositivo, as localizações onde esteve enquanto carregava o telemóvel no bolso, as fotos que faz com seu telefone Android (ainda que tenha apagado tudo e nunca publicado em redes sociais), e todos os sites navegados. Todos mesmo.

A importância do Google Académico para os discentes universitários;

O uso do Google News e a polémica com os jornais a exigirem o repasse da verba arrecada pelo agregador de notícias porque está a distribuir conteúdo produzido por terceiros sem pagar por isso.

O Google Trends para se conhecer as tendências, dados e as visualizações mais recentes do motor de busca e sua utilidade para Jornalistas e Blogueiros na criação de conteúdo capaz de gerar tráfego para sites e blogues com base nas tendências do momento.

O Google Alertas com a sua possibilidade de monitorar a Internet para enviar notificações ao email com conteúdo novo e interessante é uma opção útil para o Jornalista e estudante.

Terminamos com a apresentação sobre a News Lab, o esforço da Google para capacitar a inovação na convergência da tecnologia e mídia com o objetivo de ajudar a construir o futuro da mídia. A “News Lab” tem diversos tutorias escritos e em vídeo e também case studies mostrando as melhores práticas das redações de top no Mundo que servem tanto para profissionais como para estudantes.

Espero que essas informações venham a ser úteis para eles e que as pesquisem para aprofundarem nesta imensidão da net.

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